Resumo

Este artigo tem por objetivo analisar as crianças soropositivas assistidas pelo Serviço de Atendimento Especializado (SAE) de Campina Grande, PB no ano de 2012, tendo como base os exames de carga viral, Linfócitos T CD4+ e CD8+ dos mesmos. O grupo analisado nesta pesquisa abrange todas as crianças HIV positivas com idade de 12 (doze) anos incompletos atendidas pela Instituição supracitada. O HIV, vírus da imunodeficiência humana, é o causador da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), que ataca o sistema imunológico responsável por defender o organismo de doenças, o estudo da função imunológica na criança infectada por este vírus constitui uma prova laboratorial indireta importante para o diagnóstico, tal avaliação torna-se imprescindível para monitorar a resposta terapêutica instituída. Das 76 crianças cadastradas no SAE, 40 são do sexo feminino e 36 do sexo masculino. Destas, 8 ainda não completaram a idade mínima exigida pela Coordenação Nacional de DST/AIDS que é de 2 anos para o diagnóstico conclusivo, 26 crianças foram diagnosticadas como não-reagentes e 31 não possuíam informações suficientes no banco de dados. Das 11 crianças com dados suficientes, observaram-se variações na carga viral de acordo com o tempo de tratamento e também no período de realização entre os exames. Os valores de linfócitos CD4+ e CD8+ oscilaram entre a maioria dos, bem como ao tempo de realização entre um exame e outro. Entre os medicamentos antirretrovirais distribuídos pelo SAE, o mais utilizado foi a lamivudina, 10 pacientes, seguido de zidovudina, 7 pacientes, e kaletra, 6 pacientes. Ficou evidenciado uma relativa falta de informações dos pacientes na instituição como idade, fator Rh, confirmação de HIV, o que comprometeu uma análise mais profunda. Por fim, este trabalho almeja corroborar com uma crítica construtiva acerca do processo de acompanhamento de crianças atendidas pela instituição, possibilitando um serviço cada vez mais eficaz e eficiente aos seus assistidos.