ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 249-1


Poster (Painel)
249-1ATIVIDADE ANTIMICOBACTERIANA DO IMIPENEM FRENTE A BIOFILMES FORMADOS POR MICOBACTÉRIAS DE CRESCIMENTO RÁPIDO
Autores:Campos, M.M.A. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Flores, V.C. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Bonez, P.C. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Siqueira, F.S. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Bianchini B.V. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Agertt, V.A. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Mizdal, C.R. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Stefanello, S.T. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)

Resumo

INTRODUÇÃO As micobactérias de crescimento rápido (MCR) estão presentes em fontes de águas naturais e artificiais, incluindo-se o encanamento de residências. A hidrofobicidade de MCR permite a aderência das células e posterior formação de biofilmes nas superfícies dos sistemas de distribuição de água. A presença de micobactérias em biofilmes pode causar impactos na saúde humana e ser responsáveis por infecções e surtos de doenças. MATERIAIS E MÉTODOS As cepas utilizadas neste estudo foram M. abscessus (ATCC 19977), M. fortuitum (ATCC 6841) e M. massiliense (ATCC 48898) e as concentrações inibitórias mínimas (CIMs) do imipenem para cada um desses microrganismos foram, respectivamente, de 2 μ g ⁄ mL, 4μ g ⁄ mL, e 2μ g ⁄ mL. O ensaio de inibição de biofilme foi realizado por macrodiluição em tubos de poliestireno, onde o imipenem foi adicionado em concentrações iguais e inferiores às CIMs. Para a realização do ensaio de destruição do biofilme utilizou-se a mesma metodologia, entretanto, o imipenem foi adicionado somente após os 7 dias necessários para a formação do biofilme, em concentrações iguais e superiores às CIMs. O biofilme foi revelado utilizando-se Cristal Violeta 0,1% e quantificado em leitura em densidade óptica de 570nm. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Em concentrações inferiores a CIM, o imipenem apresentou discreta capacidade de diminuir a produção de biofilmes de M. fortuitum e M. massiliense. No ensaio para avaliar a atividade antibiofilme, o imipenem se mostrou efetivo para o biofilme de M. massiliense somente quando utilizado uma concentração mais alta (64 μ g ⁄ mL) do medicamento. Supõe-se que isso tenha ocorrido devido à dificuldade encontrada pelo antimicrobiano ao tentar atingir as células microbianas através da estrutura densa e compacta dos biofilmes. CONCLUSÃO Tendo-se em vista que os antimicrobianos convencionais em sua maioria não são efetivos contra biofilmes, este estudo vem demonstrar a importância da avaliação da efetividade dos antimicrobianos disponíveis na erradicação dessas películas. Além disso, é imprescindível a busca por estratégias alternativas que possam prevenir a adesão microbiana, retardar a formação de biofilmes e eliminar ou pelo menos reduzir a sua acumulação, principalmente no que diz respeito à obtenção de novos produtos que possuam alta atividade antimicrobiana.


Palavras-chave:  MICOBACTÉRIAS DE CRESCIMENTO RÁPIDO, BIOFILMES, IMIPENEMc