ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 248-2


Poster (Painel)
248-2Efeito antifúngico de óleos essenciais de Lippia alba (Miller) N.E. Brown contra leveduras
Autores:Costa, D.C.M. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Alviano, C. S. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Alviano, D. S. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Resumo

A incidência de infecções causadas por fungos como Candida albicans e Cryptococcus neoformans tem aumentado significamente nas últimas décadas, tendo inúmeros fatores relacionados com esse aumento, como por exemplo, a imunossupressão. Além disso, as expressões de fatores de virulência, além da capacidade de formação de biofilmes, conferem uma maior patogenicidade a estas leveduras. Em contrapartida, a profilaxia antifúngica e a terapia empírica têm contribuído com o aumento de cepas com resistência aos antifúngicos usuais. Nesse contexto, nos últimos anos tem-se verificado um grande avanço científico envolvendo estudos químicos e farmacológicos de plantas medicinais contendo compostos com propriedades terapêuticas. Lippia alba (Miller) N.E. Brown, conhecida como “Erva cidreira do campo”, é bastante utilizada na medicina popular brasileira e considerada como fonte de inúmeras moléculas com propriedades terapêuticas. Assim, o presente estudo avaliou o potencial antimicrobiano de 3 quimiotipos de óleos essenciais (OEs) de L. alba frente a células planctônicas e biofilmes de C. albicans e C. neoformans, além de avaliar os perfis de sensibilidade dos fungos frente a efeitos sinérgicos dos OEs quando associados ao antifúngico comercial Anfotericina B. A concentração mínima inibitória (CMI), realizada com base no protocolo do CLSI, variou entre os OEs, com valores entre 0,15 mg/ml a 0,62 mg/ml. Considerando a atividade dos óleos frente às células planctônicas, foi avaliada a atuação dos OEs na formação do biofilme desses fungos, de acordo com metodologia descrita por Krom et al, 2007. Os resultados mostraram que alguns OEs de L. Alba foram capazes de desestruturar e influenciar na formação dos biofilmes, destacando os OEs ricos em citral, ativos contra a formação do biofilme de C. neoformans e o OE rico em limoneno carvona, ativo para biofilme de C. albicans. Através da técnica de checkerboard, descrita por Zore et al (2011), observou-se que, a utilização concomitante de alguns OEs com Anfotericina B, proporcionou uma significativa redução das CMIs dos dois antifúngicos. Assim, concluimos que os OEs de L.alba apresentam considerável atividade antimicrobiana, e, quando associados a antimicrobianos comerciais, são eficazes em concentrações ainda menores. Agradecimentos: CNPq, CAPES e FAPERJ


Palavras-chave:  Óleos essenciais, Lippia alba, Atividade fungicida, Plants medicinais