ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 248-1


Poster (Painel)
248-1Perfil de sensibilidade de dermatófitos frente a óleos essenciais de Lippia alba (Miller) N.E. Brown
Autores:Costa, D.C.M. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Alviano, C. S. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Alviano, D. S. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Resumo

Lippia alba (Miller) N.E.Brown, planta aromática conhecida como "Erva-cidreira-do-campo”, ocorre em praticamente todas as regiões do Brasil e tem uma grande importância na medicina popular. A espécie é caracterizada por uma variabilidade na composição química dos seus óleos essenciais (OEs). Na literatura, diversas atividades biológicas têm sido descritas para esses óleos, tais como citotóxica, analgésica, antibacteriana, antiviral, antioxidante, anti-inflamatória e principalmente atividade antifúngica, o que torna a pesquisa dos óleos extremamente relevante, considerando que fungos são capazes de causar, dependendo da espécie, desde infecções brandas de pele a infecções sistêmicas de alta mortalidade, principalmente em pacientes imunocomprometidos. Além disso, embora exista uma variabilidade de opções de antifúngicos, o arsenal terapêutico ainda é bastante restrito e tais substâncias podem causar efeitos adversos, tornando-se, portanto, necessário pesquisar e desenvolver terapias antifúngicas alternativas. Nesse contexto, o presente trabalho visou avaliar e comparar o potencial antimicrobiano de 3 diferentes quimiotipos de OEs de L. alba frente a diferentes espécies de dermatófitos. Os testes de difusão em ágar foram realizados de acordo com Hili, Evans & Veness (1997), sendo possível mensurar diferentes perfis de atividade, com destaque para a sensibilidade de Trichophyton rubrum a OEs do quimiotipo citral. A determinação da concentração inibitória mínima, realizada com base nos protolocos do CLSI, demonstrou que os OEs foram mais ativos contra T. rubrum, seguido de T. mentagrophytes, M. gypseum e E. floccosum, com valores de CIMs entre 0,019 μg/ml a 5 mg/ml. A maior bioatividade foi demonstrada pelo quimiotipo citral LA 29, com CIMs de 0,019 mg/ml, 0,078 mg/ml e 0,156 mg/ml para T. rubrum, T. mentagrophytes, M. gypseum e E. floccosum, respectivamente. Assim, os resultados mostram diferentes perfis de sensibilidade de dermatófitos aos OEs de L.alba , destacando a variabilidade química e sugerindo que as diferenças dos constituintes presentes nos óleos modificaria suas bioatividades por estar intervindo em alvos celulares específicos. Agradecimentos: CNPq, CAPES e FAPERJ.


Palavras-chave:  Plantas medicinais, L. alba, Dermatófitos, Testes de sensibilidade, Bioatividade