ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 236-1


Poster (Painel)
236-1Atividade antimicrobiana da amicacina sobre biofilmes de micobactérias de crescimento rápido
Autores:Bonez, P.C (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Flores, V.C (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Siqueira, F.S (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Rossi, G.G (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Bianchini, B.V (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Righi, R.A (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Mizdal, C.R. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Campos, M.M.A (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)

Resumo

INTRODUÇÃO Micobactérias de crescimento rápido (MCR) são patógenos oportunistas que estão presentes no meio ambiente. Quando em biofilmes, são altamente resistentes aos tratamentos antibacterianos. A compreensão de fatores causadores de falência de tratamentos das micobacterioses, como a formação de biofilmes, contribui para a elucidação do potencial patogênico apresentados por esses microrganismos. MATERIAS E MÉTODOS Para a realização deste estudo foram utilizadas as cepas Mycobacterium abscessus (ATCC 19977), M. fortuitum (ATCC 6841) e M. massiliense (ATCC 48898). A concentração inibitória mínima (CIM) foi determinada pelo método de microdiluição em caldo. Os testes para a avaliação do efeito antibiofilme da amicacina foram desenvolvidos em macrotécnicas, utilizando-se tubos de ensaio de poliestireno, Middlebrook 7H9 e inóculo de 1x10 7 UFC ⁄ mL. Os tubos foram incubados por 7 dias a 30°C. No ensaio de inibição da formação do biofilme, a amicacina foi testada em concentrações iguais e inferiores às CIMs, e adicionada antes da formação do biofilme. O ensaio de destruição do biofilme previamente formado foi realizado com concentrações iguais e superiores às CIMs, e o antimicrobiano acrescentado após a formação da película. Após a adição da amicacina sobre o biofilme, os tubos foram incubados a 30°C por mais 24 horas. Os biofilmes foram quantificados em densidade ótica de 570nm, utilizando-se cristal violeta 0,1% para a revelação. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS A amicacina, em concentrações menores que sua respectiva CIM, mostrou-se capaz de diminuir a produção de biofilme de M. abscessus, M. fortuitum e M. massiliense em diversas concentrações. No ensaio de destruição do biofilme, a efetividade não foi satisfatória e o agente antimicrobiano conseguiu apresentar pequeno efeito antibiofilme apenas para o biofilme de M. massiliense na concentração de 64 μ g ⁄ mL. Suspeita-se que isso se deve ao fato de que a amicacina não obteve sucesso em transpor a matriz polimérica do biofilme, que funcionou como uma barreira à penetração do antimicrobiano. CONCLUSÃO Tendo-se em vista que os biofilmes estão associados a problemas terapêuticos graves em humanos, a avaliação da efetividade de agentes antimicrobianos frente a essas estruturas se mostra necessária e pertinente. Somente através destes entendimentos será possível estabelecer estratégias capazes de eliminar os biofilmes ou impedir sua formação.


Palavras-chave:  Biofilmes, Micobactérias de Crescimento Rápido, Amicacina