ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 235-1


Poster (Painel)
235-1Avaliação da Suscetibilidade in vitro de Amostras de Acinetobacter baumannii a Doxiciclina para o Tratamento de Infecções por este Micro-organismo.
Autores:Shuertz, K. F. (FPP/IPPPP - Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe) ; Palmeiro. J.K. (FPP/IPPPP - Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno PríncipeHC/UFPR - Hospital de Clínicas - Universidade Federal do Paraná) ; Tuon, F.F. (HUEC - Hospital Universitário Evangélico de Curitiba) ; Conte, D. (FPP/IPPPP - Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe) ; Bavaroski A. A. (FPP/IPPPP - Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe) ; Trevisoli. L.E. (FPP/IPPPP - Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe) ; Rodrigues, L.S. (FPP/IPPPP - Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe) ; Burger, M. (FPP/IPPPP - Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe) ; Cogo, L.L. (HC/UFPR - Hospital de Clínicas - Universidade Federal do Paraná) ; Dalla Costa, L.M. (FPP/IPPPP - Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno PríncipeHC/UFPR - Hospital de Clínicas - Universidade Federal do Paraná)

Resumo

Introdução. O rápido aumento da resistência de Acinetobacter baumannii aos antimicrobianos tem evidenciado a necessidade da utilização de drogas alternativas para o tratamento de infecções causadas por este micro-organismo. Neste contexto, a doxiciclina é uma boa opção terapêutica, por ter um custo menor e não ocasionar efeitos tóxicos aos pacientes. O presente trabalho faz uma avaliação da suscetibilidade in vitro de amostras de A. baumannii a doxiciclina. Materiais e Métodos. Foram incluídas 26 amostras de A. baumannii de 23 pacientes internados no Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (HUEC) no período de abril de 2010 a abril de 2013. Destas, 19 foram isoladas de hemocultura e sete de líquido cefalorraquidiano (LCR). As mesmas foram identificadas por testes fenotípicos, segundo o manual da Sociedade Americana de Microbiologia (ASM) (2013), pelos sistemas automatizados VITEK-2® (Biomérieux, LA, EUA) e MALDI Biotyper® (Bruker Daltonik, CA, EUA). A Concentração Inibitória Mínima (CIM) do imipenem, meropenem e doxiciclina foi determinada seguindo as normas do CLSI, (2013). Para avaliar a presença de oxacilinases nos isolados de A. baumannii foi realizada PCR multiplex para os genes codificadores das enzimas OXA-23, OXA-51, OXA-58 e OXA-143. Discussão dos Resultados. Vinte e quatro amostras bacterianas foram resistentes a ambos carbapenêmicos testados, apresentando elevados valores de CIM (CIM50 e CIM90 >32 μg/mL). A presença de OXA-23 foi identificada em 21 amostras. Não foram observados produtos de PCR em dois isolados sensíveis aos carbapenêmicos e em três isolados resistentes. Todas as amostras amplificaram para blaOXA-51, enzima cromossômica presente na grande maioria das amostras A. baumannii. Das 26 amostras bacterianas, 24 foram sensíveis a doxiciclina com CIM50 e CIM90 igual a 1 μg/mL. Apenas duas apresentaram suscetibilidade intermediária a doxiciclina. Mais de 90% das amostras resistentes aos carbapenêmicos foram sensíveis a doxiciclina. Conclusão. Os resultados demonstram que a doxiciclina pode ser utilizada para tratamento das infecções por A. baumannii resistente aos carbapenêmicos, devido a sua alta sensibilidade in vitro. Entretanto, são necessários estudos clínicos para avaliar a eficácia clínica no tratamento de pacientes com infecções por este micro-organismo.


Palavras-chave:  Acinetobacter baumannii, resistência bacteriana, doxiciclina