Resumo

O conhecimento da medicina popular ligado à utilização de plantas medicinais, como fontes de substâncias bioativas veem sendo um indicativo para descoberta de eficientes agentes terapêuticos. Microrganismos do gênero Staphylococcus estão bastantes presentes no ambiente hospitalar, os quais vêm apresentando uma acentuada resistência a antibióticos comuns, e podem causar supurações, abscessos e diversas infecções piogênicas em humanos e animais. A polpa de S. mombin apresenta valores mais elevados de compostos fenólicos e antioxidantes, do que a maioria das frutas consumidas no Brasil. Já foram isolados alguns compostos desta planta, tais como terpenóides, flavonóides, alcalóides, compostos fenólicos e naftoquinonas. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar a atividade antimicrobiana do extrato etanólico de Spondias mombin frente a sete cepas de Staphylococcus aureus, sendo uma ATCC. A concentração inibitória mínima (CIM) e a capacidade de modular a resistência das cepas de S. aureus à eritromicina, através do calculo da concentração inibitória fracionada (CIF), foram avaliadas por microdiluição, em caldo Brain Heart Infusion. O extrato foi obtido por percolação em etanol 96%, seguida de concentração em evaporador rotativo. A CIM do extrato apresentou atividade antibacteriana em dosagens satisfatórias de 1,04 mg/mL em média, além do que a CIM combinada também mostrou eficiência diante de todas as cepas testadas. Foi verificado que a associação de eritromicina com o extrato de Spondias mombin apresentou efeito modulador sobre as cepas ATCC, SA01, SA03 e SA05, cujos valores da CIF foram 0,38; 0,5; 0,31 e 0,5mg/mL respectivamente. Verifica-se que esta espécie possui substâncias promissoras e que sugerem potentes agentes moduladores de resistência bacteriana, sendo necessários estudos de viabilidade toxicológica.