Resumo

Popularmente conhecida como “ameixa selvagem” a planta Ximenea americana L. (Olacaceae ) é um arbusto muito comum nos trópicos, sendo encontrada principalmente no semiárido Brasileiro. Na medicina popular é utilizado no tratamento da hanseníase, febre, dores de cabeça, úlceras e problemas de pele. É rica em compostos fenólicos apresentando assim, boa atividade antioxidante e antimicrobiana. A proposta desse estudo é de analisar a atividade antimicrobiana determinando a concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração inibitória fracionada (CIF) do extrato etanólico de X. americana. O extrato foi obtido por percolação em etanol 96%, seguida de concentração em evaporador rotativo. Para avaliação da atividade antibacteriana foram utilizadas cepas de Escherichia coli (EC25922 e EC2) resistentes a amoxicilina, levofloxacina, cefalotina e gentamicina. As triagens foram realizadas em microplacas contendo 96 poços, através da técnica de microdiluição, utilizando caldo Brain Heart Infusion. O screening realizado mostrou que as duas cepas foram sensíveis ao extrato isolado, além de apresentarem uma atividade bastante satisfatória quando submetidas a combinação do extrato com o antibiótico. Quanto a atividade moduladora interpretada pelo cálculo da CIF, o extrato conseguiu modular a ação da levofloxacina (0,5 µg/ml) e cefalotina (0,5 µg/ml) frente a cepa EC25922, enquanto que com EC2, além desses dois antibióticos citados (com CIF de 0,12µg/ml e 0,5µg/ml, respectivamente) ocorreu também modulação da atividade da amoxicilina( 0,25µg/ml). A partir desses resultados, podemos inferir que o extrato de X. americana contém substâncias com ação antibacteriana, como também são capazes de driblar a resistência a antibióticos. Portanto, recomendam-se estudos mais detalhados sobre atividades farmacológicas da planta para sua utilização mais segura e eficaz.