ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 228-1


Poster (Painel)
228-1Estudo preliminar da atividade antifúngica e anti-inflamatória de plantas do Cerrado brasileiro
Autores:Teotônio, I.M.S.N. (UNB - Universidade de BrasíliaUNB - Universidade de Brasília) ; Correia, A.F (UNB - Universidade de BrasíliaUNB - Universidade de Brasília) ; Silveira, D. (UNB - Universidade de BrasíliaUNB - Universidade de Brasília) ; Martins, M.L.M. (UNL-IHMT - Universidade Nova de Lisboa, Instituto de Hig. e Med. Tropic) ; Pratesi, R. (UNB - Universidade de Brasília) ; Gandolfi, L. (UNB - Universidade de Brasília) ; Nóbrega, Y.K.M. (UNB - Universidade de BrasíliaUNB - Universidade de Brasília)

Resumo

As infecções fúngicas profundas acometem as camadas mais internas da pele e podem disseminar-se para outros órgãos. Esta condição patológica acarreta também o aparecimento de inflamação, um processo biológico complexo que ocorre no hospedeiro frente a diversos estímulos, como os fungos. A candidíase invasiva (CI) corresponde à infecção fúngica grave causada por fungos do gênero Candida, que engloba as candidemias, endocardites, meningites, endoftalmites e candidíases disseminadas. As principais espécies de Candida, responsáveis por 90% das CI são: albicans, parapsilosis, glabrata, krusei, tropicalis, guilliermondii e famata. A Candida albicans é o agente etiológico mais frequente, 40-60% das CI, entretanto, as Candida não-albicans, cada vez mais presentes, já correspondem a 50%, e a taxa de mortalidade atribuída às infecções por Candida não-albicans ultrapassa a causada por C. albicans. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antifúngica e anti-inflamatória de extratos de plantas do Cerrado Brasileiro sobre Candida spp. Para avaliar a atividade antifúngica, extratos de duas espécies de plantas medicinais do Cerrado brasileiro foram testadas contra cepas padrão American Type Culture Collection (ATCC) de Candida albicans (ATCC 40277), Candida parapsilosis (ATCC 40038), Candida glabrata (ATCC 40136), Candida krusei (ATCC 40095), Candida tropicalis (ATCC 40096), Candida guillermondii (ATCC 40037) e Candida famata (ATCC 40135). O potencial antifúngico das plantas foi estabelecido pelo método de difusão em disco, com determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM). Extrato aquoso e etanólico de Pouteria ramiflora mostraram ambos atividade inibitória contra C. tropicalis com CIM 0,5 mgml-1, e os extratos etanólicos de Pouteria torta, da polpa do fruto mostrou atividade contra as cepas de C. tropicalis, C. glabrata e C. krusei, e das folhas contra C. gluillermondii, C. parapsilosis e C. famata, ambos com CIM de 1,0 mgml-1. Para avaliar a atividade anti-inflamatória, utilizamos um modelo celular inflamatório in vitro com macrófagos RAW 264.7 estimulados com LPS. Dos quatro extratos testados, todos mostraram uma supressão na produção de óxido nítrico (NO) na presença de 400μg dos extratos testados, sendo a maior redução obtida com o extrato aquoso de Pouteria ramiflora. Nossos dados sugerem que os extratos de plantas do cerrado testadas, possuem promissoras atividades antifúngica com espécies de Candida spp. e potencial atividade anti-inflamatória.


Palavras-chave:  Candida spp., extrato de plantas, antifúngico, anti-inflamatório, cerrado