ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 201-2


Poster (Painel)
201-2Epidemiologia das infecções por Staphylococcus aureus entre 2004 e 2013 de um hospital escola do sul do Brasil
Autores:Oliveira, C.F. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Perugini, M.R.E. (HU/UEL - Hospital Universitário de Londrina) ; Lima, B.A.R. (HU/UEL - Hospital Universitário de Londrina) ; Yamauchi, L.M. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Yamada-Ogatta, S.F. (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

Staphylococcus aureus é um patógeno oportunista capaz de produzir infecções em diversos tecidos do corpo humano e está associado a altas taxas de morbidade e mortalidade, constituindo-se em uma das principais causas de infecções adquiridas tanto na comunidade como em ambiente hospitalar. Aproximadamente 20% da população podem ser considerados portadores persistentes, sendo a maioria destes crianças. Por outro lado, uma grande parte da população (60%) alberga S. aureus de forma intermitente. A colonização por S. aureus constitui-se em um importante fator predisponente para desenvolvimento de infecção invasiva por esta bactéria em indivíduos hospitalizados. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil epidemiológico das infecções por S. aureus entre 2004 e 2013 de um hospital escola do sul do Brasil. Os dados foram coletados a partir das fichas de notificação de infecção hospitalar, sob tutela da comissão de controle de infecção hospitalar (CCIH) do referido hospital. Neste período, foram notificadas 624 infecções por S. aureus, sendo 219 (35,1%) em pacientes do sexo feminino e 405 (64,9%) do sexo masculino, estando a maioria dos pacientes internada na Unidade de Terapia Intensiva (142; 22,75%). O tempo médio de internação desses pacientes foi de 42,51 dias e a média de idade foi de 42,23 anos, com 69 pacientes (11,05%) com menos de um ano de idade e 86 pacientes (13,78%) com idade entre 61 a 70 anos. Das 624 infecções, S. aureus resistente à meticilina (MRSA) foi responsável por 352 infecções (56,41%), e a maioria das infecções foi diagnosticada pela presença de S. aureus em hemocultura (187; 30%), seguido por cultura de secreção traqueal (173; 27,7%). Foi possível coletar o desfecho clínico de apenas 518 pacientes, dos quais 187 (36,1%) vieram a óbito. Desses, 125 apresentaram cultura positiva para MRSA (p˂0,05). Os resultados contribuirão para a melhoria das políticas de controle de infecção hospitalar, bem como fomentar medidas de atuação em pontos críticos associados às infecções por MRSA.


Palavras-chave:  Infecção hospitalar, Staphylococcus aureus, MRSA