ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 201-1


Poster (Painel)
201-1Perfil de sensibilidade aos antimicrobianos e tipagem de SCCmec de isolados clínicos de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) de um hospital escola do sul do Brasil.
Autores:Oliveira, C.F. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Morey, A.T. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Ferreira, A.R.M. (HU/UEL - Hospital Universitário de Londrina) ; Dier, A.P. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Silva, M.F.P. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Santos, J.P. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Yamauchi, L.M. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Perugini, M.R.E. (HU/UEL - Hospital Universitário de Londrina) ; Yamada-Ogatta, S.F. (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

Staphylococcus aureus são patógenos oportunistas relacionados às infecções hospitalares, bem como àquelas adquiridas na comunidade. A grande capacidade deste microrganismo em adquirir resistência aos antimicrobianos corrobora a sua persistência como um dos principais agentes etiológicos de infecções em ambientes de assistência à saúde. Infecções por S. aureus na década de 1940 eram tratadas com penicilina, entretanto, logo se detectou resistência a este fármaco devido a produção da enzima penicilinase. Este problema foi contornado pela introdução na prática clínica das penicilinas semissintéticas, meticilina e oxacilina, porém, o primeiro isolado de S. aureus resistente à meticilina (MRSA) foi relatado subsequentemente. A resistência a esses beta-lactâmicos em S. aureus é devido à produção de proteínas ligadoras de penicilina (PBPs) alteradas (PBP2’ ou PBP2a) com baixa afinidade aos beta-lactâmicos, e codificadas pelo gene mecA. O mesmo encontra-se inserido em uma região do DNA conhecida como cassete cromossômico estafilocócico mec (SCCmec – staphylococcal cassete chromosome mec). Este trabalho teve por objetivo analisar o perfil de sensibilidade aos antimicrobianos e realizar a tipagem de SCCmec de isolados clínicos de MRSA de um hospital escola do sul do Brasil. Foram utilizados 123 isolados de S. aureus provenientes de materiais clínicos de pacientes internados e/ou atendidos nesse hospital entre junho de 2010 a junho de 2013. Foram analisados 11 antimicrobianos pela metodologia de disco-difusão (CLSI 2014), dos quais cefoxitina e oxacilina foram utilizados como marcadores para detecção de MRSA. Todos os isolados foram resistentes à cefoxitina e 7 isolados (5,69%) foram sensíveis à oxacilina. A taxa de sensibilidade foi maior para os antimicrobianos teicoplanina (100%), linezolida (100%) e tetraciclina (87,8%). Além da resistência aos beta-lactâmicos, a maioria dos isolados (94,31%) apresentou resistência à eritromicina. A maioria dos isolados foi sensível à vancomicina(59,35%, quando analisados por microdiluição em caldo (CLSI 2014). Em relação à tipagem de SCCmec (Milheiriço et al., 2007) a maioria dos isolados (66/123; 53,66) foi classificado como SCCmec do tipo II, seguido por 28 isolados (22/123,76%) com SCCmec tipo I. Os resultados contribuirão para melhoria de condutas terapêuticas em relação a infecções por S. aureus no referido hospital.


Palavras-chave:  Antimicrobianos, mecA, MRSA, SCCmec