ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 197-2


Poster (Painel)
197-2Detecção genotípica de enzimas modificadoras de aminoglicosídeos em cepas de Acinetobacter baumannii, produtoras de carbapenemases do tipo oxacilinases, pertencentes ao complexo clonal CC15/CC103 no Brasil.
Autores:CHAGAS, T.P.G. (IOC-FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz/FIOCRUZ) ; OLIVEIRA, T.R.T. (IOC-FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz/FIOCRUZ) ; ASENSI, M.D. (IOC-FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz/FIOCRUZ)

Resumo

Introdução e Objetivo: Acinetobacter baumannii é um patógeno com grande importância em infecções relacionadas à assistência em saúde no mundo. No Brasil, A. baumannii tem sido problemático pela sua prevalência e padrões de resistência, com muitos relatos envolvendo a produção de oxacilinases. Em estudos anteriores, observamos a disseminação de A. baumannii multirresistentes pertencentes ao complexo clonal CC15(CC103) em diferentes regiões do país. Em Acinetobacter, além do sistema de efluxo, a resistência aos aminoglicosídeos também pode estar associada às enzimas modificadoras de aminoglicosídeos. O trabalho teve como objetivo detectar as enzimas modificadoras de aminoglicosídeos (AAC(3)-IIa, acetiltransferase; ANT(2’)-Ia, nucleotidiltransferase; e AAC(6’)-Ib, acetiltransferase). Materiais e Métodos: Foram incluídas 24 cepas bacterianas multirresistentes produtoras de oxacilinases dos STs 15 e 318 (CC15) provenientes de diferentes estados brasileiros (período 2009-2012). A resistência foi determinada através de difusão em ágar de acordo com o CLSI. A detecção genotípica foi feita através de PCR para os genes aac(3´)-IIa, ant(2´)-Ia (ou aadB) e aac(6´)-Ib. Resultados: A maioria das cepas estudadas foi resistente a pelo menos um dos aminoglicosídeos testados. O gene aac(3´)-IIa foi detectado em 11/24 (45,8%) isolados. Quatros cepas (16,7%) foram positivas para aac(6´-)Ib. Com relação ao aadB, foi possível identificar 3 (12,5%) amostras positivas. A presença simultânea de dois ou mais genes não foi observada em nenhuma das cepas investigadas. Considerações finais: Uma ampla gama de enzimas modificadoras de aminoglicosídeos já tem sido previamente relatada em A. baumannii. Estes genes, usualmente, encontram-se em elementos genéticos móveis; e a presença destes pode se tornar um problema devido a facilidade de disseminação.


Palavras-chave:  A. baumannii, enzimas modificadoras de aminoglicosídeo, CC15, Brasil