ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 196-1


Poster (Painel)
196-1PERFIL DE RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS DE ESTIRPES DE Escherichia coli DIARREOGÊNICAS
Autores:Assis, F.E.A. (UFPR - Universidade Federal do Paraná) ; Dallagassa, C.B. (UFPR - Universidade Federal do Paraná) ; Prediger, K.C. (UFPR - Universidade Federal do Paraná) ; Fadel-Picheth, C.M.T. (UFPR - Universidade Federal do Paraná)

Resumo

Escherichia coli é a bactéria anaeróbia facultativa encontrada em maior número na microbiota intestinal de mamíferos, onde é benéfica para o hospedeiro e raramente causa doença. No entanto algumas estirpes adquiriram fatores de virulência específicos que lhes permitem causar doenças intestinais e extra-intestinais em humanos. As E. coli patogênicas intestinais ou diarreogênicas (DEC) podem ser divididas em 7 patotipos de acordo com os mecanismos/genes de virulência: E. coli enteropatogênica típica (tEPEC) e atípica (aEPEC), E. coli produtora de toxina Shiga (STEC), E. coli que adere difusamente (DAEC), E. coli enterotoxigênica (ETEC), E. coli enteroinvasora (EIEC) e E. coli enteroagregativa (EAEC). A resistência aos antimicrobianos é a capacidade do micro-organismo de resistir aos efeitos nocivos de um antibiótico ou antimicrobiano. Esta capacidade pode ser inata ou adquirida via transformação, conjugação, transdução e mutação. Com o uso indiscriminado de antimicrobianos, a resistência bacteriana tem se tornado cada vez mais comum. Neste contexto a realização do antibiograma se torna imperativa. O objetivo deste trabalho foi determinar o perfil de sensibilidade aos antimicrobianos de 21 estirpes de Escherichia coli diarreogênicas (13 aEPEC, 1 tEPEC, 1 STEC, 3 DAEC e 3 EAEC) isoladas de adultos e crianças com diarreia no Paraná. O perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos foi determinado pelo método de disco-difusão (Kirby –Bauer) de acordo com a padronização do Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI M100-S21). Foram testados os seguintes antimicrobianos (Oxoid): ampicilina–10 µg; cefalotina–30µg; cefoxitina 30µg; ceftazidima– 30µg; ceftriaxona– 30µg; ciprofloxacina–5µg; cefepime–30µg; amoxicilinal–ácido clavulânico–20/10µg; sulfametoxazol–trimetropim–.25/23.75μg; piperacilina/tazobactam 100/10 µg; cefoxitina–30µg; gentamicina–10µg; aztreonam–30µg; imipenem–10µg; tetraciclina–30µg. Das 21 E. coli diarreiogênicas analisadas 10 (47,6%) foram suscetíveis a todas as drogas testadas e incluem aEPEC (8), STEC (1) e tEPEC (1). Foi verificada a resistência a somente 2 dos 15 antimicrobianos testados: ampicilina e cefalotina. A resistência a ampicilina foi a mais comum, observada em 11 estirpes (52,4%), das quais 3 são EAEC, 3 DAEC e 5 aEPEC. Apenas 1 estirpe (aEPEC ) apresentou resistência à cefalotina (4,8%). Esses dados mostram que as estirpes de DEC analisadas possuem baixo nível de resistência (somente a 2 das 15 drogas testadas). Foi detectada resistência apenas a antimicrobianos beta-lactâmicos incluindo uma aminopenicilina e uma cefalosporina de primeira geração, o que indica que ainda há várias possibilidades para a seleção da terapia antimicrobiana para estas estirpes.


Palavras-chave:  Escherichia coli diarreogênicas, Resistência microbiana, Teste de sensibilidade aos antimicrobian