Resumo

As espécies de esponjas marinha apresenta uma fonte promissora na síntese de novos composto bioativos, sendo vários compostos com importância biomédicas, por exemplo, agentes anticancerígenos, antifúngicos e efeitos antimicrobianos. A lectina é uma proteína que tem a capacidade de aglutinar hemácias e de se ligar reversivelmente a carboidratos específicos. Estas proteínas apresentam atividade antimicrobiana frente a bactérias Gram-negativas e positivas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial antibacteriano da lectina extraída de esponja marinha Aplysina fulva em cepas de Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis e Pseudomonas aeruginosa. A esponja marinha Aplysina fulva foi coletada na região do Nordeste brasileiro. A extração das proteínas foi obtida com tampão Tris-HCl 0,1 M pH 7,4 com NaCl 0,15 M, o qual foi submetido a cromatografia de troca iônica. Após cromatografia a presença da lectina foi confirmada com teste de atividade hemaglutinante seguida de eletroforese em SDS PAGE para determinar o peso molecular aparente. A concentração inibitória mínima (CIM) foi testado frente as cepas de Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis e Pseudomonas aeruginosa em concentrações de 106 UFC/mL por microdiluição utilizado concentrações de 1024 µg/mL a 32 µg/mL de lectina em microplacas de 96 poços incubadas à 35°C por 24h, em duplicada. Como controle positivo foi utilizado o cloranfenicol (100 µg/mL). O peso molecular da lectina foi estimado em 150 kDa. A concentração inibitória mínima da lectina foi de 64µg/mL sobre o crescimento da cepa Pseudomonas aeruginosa LM-606, entretanto, sobre as cepas de Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis não houve inibição nas concentrações pesquisada. A lectina mostra potencial bioativo contra aa bactéria testada.