Resumo

Os recém-nascidos estão expostos a muitos microrganismos quando internados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). O objetivo do presente estudo foi determinar o perfil de sensibilidade de Staphylococcus aureus isolados de torneiras e ralos na UTIN frente aos antimicrobianos de uso na terapêutica de um Hospital Universitário do Estado do Ceará. Realizou-se estudo experimental, descritivo e quantitativo entre setembro e outubro de 2013. Foram coletadas 24 amostras das superfícies das torneiras das UTIN. Para avaliação da contaminação utilizou-se swabs estéreis umedecidos em solução salina estéril e friccionados vinte vezes em um sentido e vinte no sentido oposto na superfície, estes foram inoculados em BHI, e acondicionadas em recipientes térmicos e encaminhadas para o laboratório das Faculdades INTA, os tubos foram incubados em estufa por 24h a 37°C. Após as 24h de incubação, uma alíquota foi retirada e semeada em Ágar Sangue de Carneiro e MacConkey, Ágar Manitol Salgado, Batata Dextrose e Triptona Soja e incubados em estufa a 37°C por 24 às 48h. Para identificação das cepas foram utilizados critérios macroscópicos e microscópicos. As bactérias que cresceram em Ágar Manitol foram identificadas por coloração de Gram. Após identificação, as cepas passaram pelo teste de catalase, e os resultados positivos foram submetidos a pesquisa da desoxirribose com Ágar Dnase. As cepas com características presuntivas de S. aureus foram selecionadas para realização de teste de sensibilidade a antimicrobianos. Os antibacterianos utilizados foram Imipenem, Cefepime, Cefalexina, Cefotaxima, Ampicilina, Oxacilina, Penicilina, Vancomicina, Amicacina, Tetraciclina, Ceftriaxona e Gentamicina. A sensibilidade ou resistência foi definida pela mensuração do diâmetro do halo de inibição. Foram submetidas 21 cepas ao antibiograma. Observou-se resistência de 100% das cepas à Penicilina e à Ampicilina; 70% à Oxacilina e 60% à Vancomicina. Observou-se sensibilidade 100% ao Imipenem e 70% à Amicacina. A resistência de S. aureus aos antimicrobianos já foi relatada por outros autores, o que representa um problema tanto hospitalar como social. Por isso, faz-se necessária a descoberta e/ou síntese de novos fármacos mais potentes para o tratamento das cepas de S. aureus multirresistentes.