ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 176-1


Poster (Painel)
176-1Perfil de suscetibilidade aos antifúngicos de isolados clínicos de Fusarium spp. obtidos de pacientes oncológicos no Instituto Nacional do Câncer/ INCA
Autores:Chaves, A.L.S. (INI - INSTITUTO NACIONAL DE INFECTOLOGIA EVANDRO CHAGASINCA - INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER) ; Souza, N.C. (INCA - INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER) ; Salaroli, R.C. (INCA - INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER) ; Martins, I.S. (INCA - INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER) ; Schirmer, M.R. (INCA - INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER) ; Velasco, E.D. (INCA - INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER) ; Muramoto, I.A. (INCA - INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER) ; Figueiredo-Carvalho, M.H.G. (INI - INSTITUTO NACIONAL DE INFECTOLOGIA EVANDRO CHAGAS) ; Brito-Santos, F. (INI - INSTITUTO NACIONAL DE INFECTOLOGIA EVANDRO CHAGAS) ; Wanke, B. (INI - INSTITUTO NACIONAL DE INFECTOLOGIA EVANDRO CHAGAS) ; Almeida-Paes, R. (INI - INSTITUTO NACIONAL DE INFECTOLOGIA EVANDRO CHAGAS)

Resumo

Espécies do gênero Fusarium são amplamente encontradas na natureza. Algumas espécies termotolerantes são capazes de causar infecção superficial em pele traumatizada e unha de imunocompetentes. A hialohifomicose disseminada por Fusarium spp. ocorre em pacientes imunocomprometidos. Em portadores de neoplasias hematológicas e transplantados de medula óssea a taxa de mortalidade por Fusarium spp. é elevada devido à resistência deste microrganismo aos antifúngicos comumente empregados na terapêutica. Anfotericina B é o fármaco de primeira escolha para esses casos, porém possui alta toxicidade. Como alternativa, inúmeros trabalhos têm relatado o uso do voriconazol e do posaconazol no tratamento das infecções por Fusarium spp. Neste estudo realizamos o teste de suscetibilidade aos fármacos antifúngicos em 23 isolados clínicos de Fusarium spp., obtidos predominantemente de hemoculturas de pacientes oncológicos, atendidos no Instituto Nacional do Câncer/ INCA, no período de fevereiro a abril de 2014. Foi empregado o protocolo padrão de microdiluição em caldo descrito no documento M38-A2 do CLSI. Posaconazol e voriconazol apresentaram pouca atividade antifúngica contra todos os isolados testados, com concentrações inibitórias mínimas elevadas (≥8 µg/mL). A anfotericina B foi capaz de inibir 100% do crescimento dos isolados de Fusarium spp. em concentrações de 2 ou 4 µg/mL, demonstrando a necessidade de altas doses na terapêutica, pois embora não existam pontos de corte definidos para as espécies de Fusarium, sugere-se que concentrações inibitórias mínimas superiores a 1 µg/mL sejam consideradas elevadas. Existem mais de 50 espécies relatadas no gênero Fusarium spp. e chama atenção que o padrão de suscetibilidade varia de acordo com a espécie. Nossos próximos passos serão a caracterização molecular dos isolados e posterior correlação com os resultados de suscetibilidade antifúngica.


Palavras-chave:  Fusarium spp., Fusariose, Neoplasias, Susceptibilidade aos antifúngicos