ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 173-2


Poster (Painel)
173-2Investigação do espectro bactericida da lectina liofilizada da semente de quiabo (Abelmoschus esculentus)
Autores:Lacerda, J. T. J. G (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Filho, S. M. G. (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Cardoso, J. D. (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Gonçalves, G. F. (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Pessoa, H. L. F. (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Gadelha, C. A. G. (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Gadelha, T. S. (UFPB - Universidade Federal da Paraíba)

Resumo

A busca por antibióticos com amplo espectro de atividade citotóxica em bactérias associado ao surgimento de cepas cada vez mais resistentes aos medicamentos usuais tem impulsionado estudos sobre moléculas com este potencial e a elucidação do seu mecanismo de ação, como instrumento biotecnológico para síntese de um novo fármaco. As lectinas, ou aglutininas, são proteínas ou glicoproteínas de origem não-imune que tem pelo menos um local de ligação a resíduos de carboidratos de forma específica e reversível. A capacidade de se ligar reversivelmente a carboidratos faz dessas aglutininas biomoléculas capazes de exercer diversas respostas biológicas, tornando-as ferramentas possíveis para uso medicamentoso. A lectina extraída da semente de quiabo tem a capacidade de se ligar a manose, lactose e frutose. O objetivo foi investigar o perfil bactericida de lectina liofilizada de quiabo (Abelmoschus esculentus) em cepas Gram-positivas: Staphylococcus aureus ATCC 6538, S. aureus ATCC 25925 Streptococcus mutans ATCC 25175, S. oralis ATCC 10557 e S. sanguinis ATCC 15300; e Gram-negativas: Escherichia coli ATCC 2536, Pseudomonas aeruginosa ATCC 8027, P. aeruginosa ATCC 23242. A lectina liofilizada foi purificada de acordo com Soares et al.,2012 e diluída em caldo nutritivo de infusão (Brain heart infusion - BHI, DIFCO), para ser utilizada nos ensaios contra as cepas bacterianas. As cepas foram doadas pelo Laboratório de Bioquímica, Genética e Radiobiologia da Universidade Federal da Paraíba. Para determinar concentração inibitória mínima (CIM) da lectina, foi utilizada a técnica de microdiluição em placas de 96 poços por meio de diluições seriadas (1024 μg/mL - 32μg/mL) adicionado à uma suspensão de bactérias (105 UFC/mL), obtido por comparação com a escala 0,5 de McFarland, e em seguida incubadas a 37 ºC por 24h. O corante resazurina (0,01%) foi utilizado como ferramenta complementar para visualização do crescimento bacteriano após 24hs. Como controle positivo foi utilizado estreptomicina/ampicilina (100 µg/mL). A lectina extraída de semente de Abelmoschus esculentus não foi capaz de inibir o crescimento das cepas testadas. A parede celular destas bactérias apresentam peptideoglicanos responsáveis por impedir a interação de com compostos e/ou sua penetração no citoplasma. Isto revela que a lectina não foi capaz de interagir ou reconhecer o padrão de glicosilação destes patógenos, portanto não apresentando qualquer tipo de atividade contra as cepas bacterianas.


Palavras-chave:  antimicrobiano, compostos bioativos, lectina