ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 169-1


Poster (Painel)
169-1CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE ENTEROBACTÉRIAS RESISTENTES AOS CARBAPENÊMICOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA
Autores:Trindade, P.A. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Marques, J.B. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Rossi, G.G. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Agertt, V.A. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Dalmolin, T.V. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Bonez, P.C. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Righi, R. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Dal Forno, N.L.F. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Santos, R.C.V. (UNIFRA - Centro Universitário Franciscano) ; Campos, M.M.A. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)

Resumo

As enterobactérias resistentes aos carbapenêmicos causam grande impacto para a saúde pública devido a seus diferentes mecanismos evolutivos de resistência. Um dos principais mecanismos relatados é a produção de carbapenemases, que são enzimas que atuam hidrolisando os antibacterianos carbapenêmicos, tais como meropenem, ertapenem e imipenem. A detecção dessas enzimas é um desafio encontrado em muitos laboratórios de rotina de microbiologia clínica devido à demora na obtenção dos resultados e à utilização de métodos pouco sensíveis. Este trabalho teve como objetivo caracterizar fenotipicamente e genotipicamente isolados clínicos de Enterobateriaceae resistentes aos carbapenêmicos, provenientes de pacientes internados no Hospital Universitário de Santa Maria-RS, no período de março a abril de 2013. Foram incluídas enterobactérias com o perfil de resistência carbapenêmicos (ertapenem, meropenem e imipenem), cujo teste de sensibilidade aos antimicrobianos foi realizado por método automatizado Vitek ® 2 (BioMérieux) e/ou por ensaio de disco difusão, provenientes de qualquer sítio de isolamento. Os isolados foram submetidos ao teste modificado de Hogde (MHT) e, a seguir, foi realizada pesquisa dos genes blaKPC, blaSPM, blaIMP, blaVIM, blaGIM, blaNDM e blaOXA-48, por PCR. Dentre os isolados clínicos submetidos ao MHT, 59% (n=20) apresentaram positividade, indicando a produção de carbapenemase. Ainda sobre o total de microrganismos estudados, o teste genotípico evidenciou que o blaKPC foi o gene mais encontrado, em 62% (n=21) das amostras, seguido de blaIMP em 11% (n=4) amostras. Os resultados obtidos demonstram que o uso conjunto de distintas metodologias se faz necessário para identificar a resistência aos carbapenêmicos produzida pelas enterobactérias, de modo a auxiliar o controle de infecção na prevenção da disseminação desses microrganismos.


Palavras-chave:  Carbapenemases, Enterobacteriaceae, Metalobetalactamases, PCR, Teste de Hodge