ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 160-1


Poster (Painel)
160-1EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR DE ISOLADOS DE KLEBSIELLA PNEUMONIAE PRODUTORAS DE ESBL E KPC CAUSADORES DE INFECÇÃO EM HOSPITAIS DE ALAGOAS
Autores:Pires, L.L.S. (CESMAC - Centro Universitário CESMACCPML - Centro de Patologia e Medicina LaboratorialUFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; de LIma, G.B.C. (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; de LIma, F.S. (CPML - Centro de Patologia e Medicina Laboratorial) ; Souza, L.I.O. (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; Porfirio, Z. (UFAL - Universidade Federal de AlagoasCPML - Centro de Patologia e Medicina Laboratorial) ; Silva Filho, E.A. (UFAL - Universidade Federal de Alagoas)

Resumo

Klebsiella pneumoniae produtoras de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL) e carbapenemase do tipo KPC representam um dos mais importantes problemas de resistência nos hospitais brasileiros, pois conferem resistência à maioria dos beta-lactâmicos, causando infecções graves com altos níveis de mortalidade. Além disso, apresenta notória habilidade de acumular e transferir determinantes de resistência, facilitando a dispersão de clones multirresistentes. Em Alagoas, existem poucos relatos sobre a caracterização genética e epidemiologia molecular deste tipo de resistência, sendo necessário determinar a prevalência dos genes codificadores de ESBL e KPC em K. pneumoniae , bem como avaliar a disseminação de 105 isolados em 3 hospitais de Alagoas. O perfil de sensibilidade aos antimicrobianos foi determinado pelo método de difusão em ágar, segundo o CLSI. A produção de ESBL e carbapenemases foram determinadas fenotipicamente por disco-aproximação e Hodge modificado, respectivamente. O DNA foi extraído pelo método de fervura à 95°C. Os genes de resistência blaTEM, blaCTX-M, blaSHV e blaKPC foram identificados com oligonucleotídeos específicos e a tipagem genética foi realizada pela PCR com o microssatélite (GTG)5. Dos 254 isolados clínicos estudados entre 2008 a 2010, 41,3% eram K. pneumoniae produtores de ESBL e KPC, predominando CTX-M (84,7%), seguido por TEM (80%), SHV (65,7%) e KPC (6,8%), dos quais 32 (30,5%) compartilhavam TEM/SHV/CTX-M e 5 (4,8%) compartilhavam os quatro tipos gênicos. Destes, 44 (41,9%) foram obtidos de infecções urinárias e 56 (53,3%) foram isolados na UTI. Mais de 90% foram resistentes à cefalosporinas de 3ª geração. Os isolados apresentaram resistência cruzada a outras classes de antimicrobianos, como sulfametoxazol/trimetroprim, ciprofloxacina e gentamicina. Sensibilidade significativa foi observada aos carbapenêmicos, seguido por piperacilina/tazobactam e amicacina. Os produtores carbapenemase KPC não foram identificados no teste fenotípico, identificados apenas no teste molecular. Na tipagem molecular foram observados 101 perfis genéticos distintos, enquanto outros apresentam perfis idênticos, sugerindo disseminação clonal entre os hospitais estudados. Esse estudo serve como alerta para a epidemiologia da resistência bacteriana em isolados de K. pneumoniae em hospitais de Alagoas, com possibilidade de surtos de infecção.


Palavras-chave:  Klebsiella pneumoniae, ESBL, KPC, GTG5, Resistência Bacteriana