ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 156-1


Poster (Painel)
156-1Avaliação in vitro da atividade antifúngica de Anadenanthera colubrina (Benth) frente à Candida albicans
Autores:Nunes, L.E. (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Viana, A.P.P. (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Rocha, W.R.V. (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Cunha, V.D.S. (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Catão, R.M.R. (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Costa, E.M.M.B. (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba)

Resumo

Introdução: A ocorrência de infecções fúngicas nos últimos anos vem apresentando um expressivo aumento sendo os fungos responsáveis por essas infecções, geralmente, são os dermatófitos e as leveduras, destacando-se dentre elas a Candida albicans. O gênero Candidatambém está relacionado a diversos casos de infecções invasivas, visto que a colonização prévia da pele e mucosas oral, intestinal e vaginal por espécies deste gênero é considerada como um fator crítico para o desenvolvimento destas infecções, além de ser um problema crescente em hospitais no Brasil e no mundo. Anadenanthera colubrina (Benth) Brenan, planta conhecida na região nordeste do Brasil como angico, é amplamente utilizada na medicina popular tradicional para o tratamento de diversas doenças, dentre elas os processos infecciosos. Objetivo: Determinar o perfil de sensibilidade das cepas de C. albicans frente ao fluconazol, avaliar atividade antifúngica, determinar a concentração inibitória mínima (CIM), a concentração fungicida mínima (CFM) e a cinética fúngica (curva de morte) do extrato seco de angico frente à C. albicans. Metodologia: Foram utilizadas cepas clínicas de C. albicans (n=8) e uma cepa padrão C. albicans ATCC 76485. O extrato seco foi obtido por rotaevaporação seguida de liofilização. Os testes para avaliação do perfil de sensibilidade ao fluconazol, atividade antifúngica, determinação da CIM e da CFM do angico foram realizados por microdiluição. Para a avaliação do efeito do angico sobre o crescimento fúngico utilizou-se a cinética microbiana, onde a cepa padrão foi tratada com o angico nas concentrações de CIM e 2xCIM. Resultados: As cepas foram sensíveis ao fluconazol apresentando CIM de 8µg/mL. O angico demonstrou potencialidade antifúngica frente a todas as cepas testadas apresentando CIM e CFM, respectivamente de 1,0 mg/mL e 2,0 mg/mL. Em relação à cinética fúngica observou-se que a CIM e 2xCIM apresentaram efeitos semelhantes, sendo o seu melhor tempo após 6 horas de incubação constatando-se atividade fungistática detectada pela redução do inoculo inicial equivalente a 106 UFC/mL para 104 UFC/mL, atingindo o seu pico em 4horas. Conclusão: A comprovação do potencial antifúngico do angico e a possibilidade de aplicação deste produto na prevenção e tratamento de doenças infecciosas de origem fúngica por C. albicans, sugerem que estudos toxicológicos e clínicos devam ser realizados a fim de determinar com segurança o possível uso destes produtos para o desenvolvimento de novos medicamentos.


Palavras-chave:  Angico, Candida albicans, produto natural, fluconazol, cinética fúngica