ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 148-1


Poster (Painel)
148-1Acompanhamento de pacientes com hanseníase e seus contatos na região metropolitana de Belém com o auxílio da detecção do DNA do M. leprae
Autores:LUANA LIMA (IEC - INSTITUTO EVANDRO CHAGAS) ; SANTOS, E.C (IEC - INSTITUTO EVANDRO CHAGAS) ; AMADOR, M.P.C (IEC - INSTITUTO EVANDRO CHAGAS) ; MATOS, H. J (IEC - INSTITUTO EVANDRO CHAGAS)

Resumo

INTRODUÇÃO: Apesar de vários avanços no diagnóstico da hanseníase, ainda existem no Brasil regiões com aglomeração de casos e indícios de transmissão ativa. As regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste concentram 78,9% dos casos detectados. OBJETIVOS: Examinar clinicamente pacientes com hanseníase e contatos, utilizando como auxílio a detecção do DNA do M. leprae em secreção nasal. METODOLOGIA: Foi feito o exame clínico de 78 indivíduos atendidos no Setor de Atendimento Médico Unificado (SOAMU) do Instituto Evandro Chagas no período de Janeiro de 2012 a janeiro de 2014, dos quais 45 (57,7%) eram casos-índice, 33 (42,3%) eram contatos. Desses indivíduos foram coletadas amostras de secreção nasal através de swab, para extração de DNA e amplificação da região da subunidade A da girase do DNA do M. leprae por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR). Para visualização do amplicon foi feito eletroforese em gel de agarose 2,0%. RESULTADOS e DISCUSSÃO: Dos casos-índice, 31,1% (14 de 45) foram PCR positiva, enquanto 24,2% (8 de 33) dos contatos foram positivos. Essa taxa de positividade da PCR semelhante entre casos-índices e contatos demonstra à alta endemicidade da região. Entre os 33 contatos, foram diagnosticados 22 casos novos de hanseníase, sendo 10 com a PCR positiva. Dentre estes novos casos, 11 foram classificados como multibacilar (MB) e 11 como paucibacilar (PB) e em ambos, 6 (54,5%) obtiveram PCR negativo e 5 (45,4%) positivo. A presença de manchas na pele foi investigada em 72 indivíduos, dos quais 48 apresentaram no mínimo uma lesão. Dentre estes últimos, 14 indivíduos foram PCR positiva. Entre os contatos com PCR positivo, 25% (2) eram do sexo feminino e 75% (6) do sexo masculino. Quanto a idade, 37,5% (3) tinham entre 0 e 10 anos, 12,5% (1) entre 21 e 30, 25% (2) entre 31 e 40, 12,5% (1) entre 41 e 50, e entre 51 e 60 a mesma porcentagem (12,5%). Entre casos-índices com resultado de PCR positivo, 64,3 % (9) eram do sexo feminino e 35,7% (5) do sexo masculino. 7,1% (1) tinham entre 11 e 20 anos de idade, 21,4% (3) entre 12 e 30, 43% (6) entre 31 e 40, 21,4% (3), e 7,1% (1) entre 51 e 60. Isso demonstra que os contatos estão se infectando mais precocemente e que o sexo masculino está sendo o mais exposto ao M. leprae. CONCLUSÃO: A PCR auxiliou no diagnóstico de alguns indivíduos e no acompanhamento de pacientes com hanseníase e seus contatos, tendo sido o exame clínico fundamental para a descoberta de novos casos.


Palavras-chave:  HANSENÍASE, CONTATOS, NASAL