ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 139-2


Poster (Painel)
139-2Principais fungos isolados de lesões cutâneas em animais de companhia (cães “Canis lupus familiaris” e gatos “Felis catus”)
Autores:Macêdo, M.M.S (UFCG - Universidade Federal de Campina Grande) ; Oliveira, R.M (UFCG - Universidade Federal de Campina Grande) ; Silva, L.C.A. (UFCG - Universidade Federal de Campina Grande) ; Pessoa D. A.N. (UFCG - Universidade Federal de Campina Grande) ; Matos, R.A.T. (UFCG - Universidade Federal de Campina Grande) ; Medeiros, L.K.G. (UFCG - Universidade Federal de Campina Grande) ; Garino Junior, F. (UFCG - Universidade Federal de Campina Grande)

Resumo

As infecções provocadas por fungos, designadas micoses, são doenças que costumam ter uma evolução crônica e que normalmente afetam animais, cujo sistema imunológico se encontra, por diferentes razões, debilitado. Entre essas infecções micóticas as dermatofitoses são de grande relevância com impacto na Saúde Pública. Objetivou-se com esta pesquisa isolar os principais fungos causadores de micoses em cães e gatos, atendidos na Clínica Médica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande-UFCG/ Patos-PB. Em três anos (2011-2013), foram analisadas 310 amostras de lesões cutâneas sugestivas de micoses, 235 de cães e 70 de gatos. As análises micológicas foram realizadas no laboratório de microbiologia da mesma instituição, por microscopia direta, cultivo dos fungos em ágar Sabouraud com cloranfenicol e microcultivo em cubo de dextrose ágar. Das 310 amostras, 125 resultaram em culturas positivas (41%) e 180 negativas (59%), os exames micológicos revelaram dermatófitos em 67 amostras (53,6%), onde 64 foram obtidas de cães (95,5%) e 3 de gatos (4,5%). Em cães a espécie de maior prevalência foi o Trichophyton mentagrophytes com 23 amostras positivas (35,9%); Microsporum gypseum 15 amostras positivas (23,3%) em cães e 1 em gato (33,3%); Epidermophyton floccsum 11 amostras positivas (17,1%) em cães e 1 em gato (33,3%); Microsporum canis 11 amostras positivas (17,1%) em cães e 2 em gatos (50%) e Trichophyton violaceum 4 amostras positiva (6,2%) em cães. Já os fungos sapróbios foram isolados 58 amostras positivas (46,4%), onde o Aspergillus flavus foi a espécie de maior frequência, 40 amostras positivas em cães (87%) e 6 em gatos (13%); Aspergillus fumogatus 5 amostras positivas (12,5%) em cães e o gênero Penicillium sp. 4 amostras positivas (4%) em cães. Como se observa, as dermatofitoses vêm mostrando-se corriqueira em clínicas de pequenos animais, tornando-se um desafio para diagnosticar e instituir terapias e manejos adequados para seu controle, como no caso deste estudo as espécies mais encontrados em cães foram, T. mentagrophytes, M. canis e M. gypseum, os quais são de muita importância na clínica veterinária, deixando claro que por se tratar de uma zoonose facilmente transmissível é fundamental para o sucesso do seu tratamento e controle, conscientizar os proprietários de pets que aos seus animais apresentarem sintomas da doença, procurar auxílio clínico para poder realizar um correto tratamento.


Palavras-chave:  Dermatófitos, fungos sapróbios, análises micológicas, cães, gatos