ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 137-1


Poster (Painel)
137-1Controle in vitro de biofilme de Pseudomonas aeruginosa com antissépticos bucais
Autores:Oliveira JR (ICT - UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Belato KK (ICT - UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Jorge AOC (ICT - UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Camargo SEA (ICT - UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Oliveira LD (ICT - UNESP - Universidade Estadual Paulista)

Resumo

A higienização da cavidade oral com antissépticos bucais pode controlar a colonização de P. aeruginosa. Esta colonização pode afetar pacientes hospitalizados gerando infecções respiratórias. No presente estudo, foi avaliado in vitro o efeito antibiofilme de antissépticos bucais sobre P. aeruginosa. A cepa ATCC 15442 foi cultivada em ágar BHI (37°C/24 h) e em caldo BHI (37°C/24 h). Em placa de microtitulação foram adicionados 200 μL/poço do inóculo ajustado (107 UFC/mL) em solução fisiológica (NaCl 0,9%) para pré-adesão por 90 min (37°C – 75 rpm). O sobrenadante foi descartado e adicionado caldo BHI para cultivo do biofilme. Após incubação de 48 h, com substituição do caldo a cada 24 h, o biofilme foi tratado com Cepacol Tradicional (30 s e 60 s), Colgate Plax Fresh Mint (30 s e 60 s), Listerine Cool Mint (30 s e 60 s), Oral-B Complete (60 s e 120 s) e Sensodyne (30 s e 60 s), segundo recomendação do fabricante e também por tempo duplicado. Clorexidina 0,12% e solução fisiológica foram utilizadas como controles (n=10 para todos os grupos). A viabilidade do biofilme foi verificada pelo teste MTT (0,5 mg/mL de PBS) após incubação (37°C/1 h) sob proteção da luz. DMSO foi utilizado para solubilização dos produtos gerados após metabolização celular. Em espectrofotômetro de microplacas (λ=570 nm) foi feita a leitura da densidade óptica dos poços. Os valores obtidos foram convertidos em percentual de eliminação em comparação ao grupo controle (NaCl 0,9%). Foi realizada análise estatística ANOVA e Tukey Test (p≤0,05). Todos os produtos proporcionaram significativa redução do biofilme de P. aeruginosa. No tempo 1, Sensodyne apresentou menor percentual de eliminação (60,28 ± 11,10 %) que Cepacol (93,77 ± 6,72%), Colgate (95,93 ± 2,57%), Listerine (93,24 ± 3,58%), Oral-B (95,59 ± 3,08%) e clorexidina (95,10 ± 0,94%) (p<0,05). No tempo 2, Sensodyne também apresentou menor percentual de eliminação (68,63 ± 13,49%) que Cepacol (95,34 ± 1,29%), Colgate (93,45 ± 2,69%), Listerine (91,69 ± 2,49%), Oral-B (87,19 ± 2,85%) e clorexidina (90,24 ± 2,86%) (p<0,05). Cepacol apresentou maior índice de eliminação que Oral-B, no tempo 2 (p<0,05). Não foi observada diferença estatística significativa entre os dois tempos de tratamento. Concluiu-se que os antissépticos bucais atuaram efetivamente no controle in vitro do biofilme de P. aeruginosa, contudo Sensodyne foi o menos efetivo.


Palavras-chave:  Antissépticos Bucais, Biofilmes, Pseudomonas aeruginosa