ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 132-1


Poster (Painel)
132-1Avaliação da susceptibilidade in vitro a antimicrobianos de microrganismos isolados de infecções em ruminantes no sertão paraibano
Autores:Pessoa, D. A. N. (UFCG - Universidade Federal de Campina Grande) ; SILVA, L. C. A. (UFCG - Universidade Federal de Campina Grande) ; Macêdo, M. M. S. (UFCG - Universidade Federal de Campina Grande) ; Pimenta, C. L. R. M. (UFCG - Universidade Federal de Campina Grande) ; Matos, R. A. T. (UFCG - Universidade Federal de Campina Grande) ; Oliveira, R. M. (UFCG - Universidade Federal de Campina Grande) ; Silva, E. J. (UFCG - Universidade Federal de Campina Grande) ; Garino, JR. F. (UFCG - Universidade Federal de Campina Grande)

Resumo

As infecções em ruminantes são importantes porque causam grandes prejuízos econômicos para os produtores, devido à diminuição na produção de leite, no ganho de peso, entre outros problemas. Outro entrave é o uso indiscriminado de antimicrobianos por parte dos criadores, o que gera resistência dos microrganismos, tornando o tratamento das infecções mais difícil e demorado. Portanto o objetivo do presente trabalho foi avaliar a susceptibilidade in vitro dos antimicrobianos mais utilizados em clínica médica de grandes animais a diversos agentes infecciosos isolados de infecções em ruminantes. Foram isoladas 42 estirpes bacterianas de 34 amostras coletadas de animais de produção atendidos na Clínica Médica de Grandes Animais do Hospital Veterinário do Centro de Saúde e Tecnologia Rural da Universidade Federal de Campina Grande, em Patos/Paraíba. As amostras foram processadas no Laboratório de Microbiologia do mesmo hospital, depois de isoladas as bactérias foram submetidas ao teste de disco difusão pelo método de Kirby-Bauer, em Ágar Müller Hinton, utilizando 15 antimicrobianos diferentes. Os tipos de infecções mais frequentes foram: mastite (58,8%), abcessos e infecções respiratórias (11,7%) respectivamente, infecções oculares (8,8 %) e infecções cutâneas, urinárias e vaginais com 3% cada. Os microrganismos isolados com maior frequência foram:Staphylococcus spp. (35,8%), seguido da Escherichia coli (12 %), Klebsiella pneumoniae (12 %), Trueperella pyogenes (9,5 %), Moraxella spp., Klebisiella oxytoca, Streptococcus spp., Corynebacterium pseudotuberculosis e Pseudomonas aeruginosa corresponderam a 4,7% cada, Serratia spp., Dermatophilus congolensis e Nocardia spp. apresentaram 2,4 % respectivamente. Os antimicrobianos que apresentaram maior eficácia frente aos agentes infecciosos foram: cefoxitina, oxacilina, amoxacilina com clavulanato, imipinem, amicacina e kanamicina. No entanto altos índices de resistência foram observados a penicilina, ampicilina, tetraciclina e cefalexina. A Pseudomonas aeruginosa apresentou maior padrão de resistência aos antimicrobianos, sendo sensível apenas ao imipinem, amicacina e ceftiofur. Os resultados reforçam a importância do monitoramento do uso dos mesmos em animais de produção, já que a resistência a esses pode ser considerada um problema de saúde pública, pois bactérias resistentes podem ser transmitidas para os seres humanos através do consumo dos produtos de origem animal.


Palavras-chave:  Bactérias, Resistência, Estirpes, Sensibilidade