ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 131-2


Poster (Painel)
131-2Atividade antibacteriana do extrato seco de Vaccinium macrocarpon frente a linhagens de Escherichia coli
Autores:Oliveira,M.S. (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Cunha, V.D.S. (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Rocha,W.R.V. (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Viana, A.P.P. (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Nunes, L.E. (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Catão, R.M.R. (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba)

Resumo

Introdução: O cranberry é um fruto silvestre cultivado no hemisfério norte e conhecido cientificamente como Vaccinium macrocarpon. É comercializado em vários países, inclusive no Brasil, em lojas de produtos naturais e farmácias magistrais, na forma de sucos e cápsulas. A indicação do consumo de cranberry está relacionada à profilaxia de infecções do trato urinário (ITU), causadas principalmente por bactérias Gram negativas, em especial pela Escherichia coli. Este fato baseia-se na capacidade dos seus fitoconstituintes, em particular, a proantocianidina, inibirem a adesão das fímbrias pili-1 e pili-P da E. coli à parede de células da bexiga e da uretra. As ITUs estão entre as doenças infecciosas mais comuns e caracteriza-se por ser uma patologia que ocorre em todas as idades, do neonato ao idoso. Ressalta-se que ITUs podem ter um fator complicador devido ao elevado índice de resistência aos antimicrobianos. Objetivo: Determinar o perfil de sensibilidade de cepas de E. coli e avaliar a eficácia in vitro do extrato em pó de cranberry sobre estas cepas através da determinação do halo de inibição de crescimento. Metodologia: Foram testados 19 antimicrobianos, 02 amostras de extrato seco de cranberry obtidas de dois fornecedores, 14 cepas de E. coli isoladas de uroculturas de pacientes ambulatoriais, além da E. coli ATCC 25922 utilizada como controle. Foram obtidas soluções aquosas de cranberry de concentrações que variaram entre 400 mg/mL a 200μg/mL. Para a determinação da atividade antimicrobiana, discos estéreis foram embebidos com 20 µL das soluções de cranberry. As placas foram semeadas em Agar Müeller-Hinton e incubadas a 37⁰C por 24h. Após este período realizou-se a leitura dos diâmetros (mm) dos halos. Todos os ensaios microbiológicos foram realizados em triplicata utilizando-se o método de disco difusão. Resultados: A maioria das cepas (71,5%) apresentou multirresistência aos antimicrobianos convencionais. Não foi observado nenhum efeito inibitório das soluções de cranberry sobre o crescimento das cepas testadas por esta metodologia. Conclusão: Embora trabalhos anteriores tenham evidenciado ação antimicrobiana in vitro do cranberry frente à E. coli, resultados discordantes também foram relatados e corroboram com os encontrados neste estudo. Sugere-se avaliar os extratos secos de cranberry utilizando-se outras metodologias e verificar com cautela se há padronização na quantificação dos fitoconstituintes ativos para assegurar a eficácia terapêutica dos produtos à base de cranberry.


Palavras-chave:  Cranberry, Escherichia coli, Infecção do Trato Urinário, Plantas Medicinais, Produtos Naturais