ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 108-1


Poster (Painel)
108-1PRODUÇÃO DE MICOTOXINAS POR ESPÉCIES DE Aspergillus E Penicillium ISOLADOS DE AMBIENTES CLIMATIZADOS
Autores:LAGES, G. A. C. S (UFAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS) ; SILVA, A. P. M. (UFAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS) ; ARAÚJO, E. S. (UFAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS) ; SILVA, E. C. (UFAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS) ; SILVA, S. R. F. (UFAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS) ; SILVA FILHO, E. A. (UFAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS)

Resumo

Ambientes climatizados são comumente propícios para o crescimento de fungos filamentosos, devido a condições ótimas de temperatura e umidade. Em monitoramentos destes ambientes muitas vezes são isolados fungos patogênicos e produtores de micotoxinas. Essas toxinas podem causar danos à saúde humana como alergias, doenças do trato respiratório, citotoxicidade, imunossupressão, hepatotoxicidade, teratogênese, genotoxicidade, e câncer. Esse trabalho objetivou detectar a produção de micotoxinas por fungos filamentosos isolados de ambientes climatizados. Foram isoladas 190 amostras de fungos patogênicos listados na NR-32, e identificados através de microcultivo e chaves de identificação em dez espécies: 12 Aspergillus flavus, 12 Aspergillus fumigatus, 22 Aspergillus niger, 16 Aspergillus ochraceus, 20 Aspergillus sydowii, 29 Penicillium chrysogenum, 29 Penicillium citrinum, 10 Penicillium commune, 20 Penicillium expansum, e 20 Penicillium rugulosum. As culturas foram inoculadas em placas de Petri contendo meio Ágar Leite de Côco para verificar a produção de micotoxinas após 5 a 10 dias de incubação a 28 ºC. Os cultivos foram expostos à luz ultravioleta em comprimento de onda de 365 nm, e a presença de halo de fluorescência caracterizou positividade das amostras. Todos os isolados foram cedidos pela micoteca do Laboratório de Ambientes Climatizados do Setor de Genética da UFAL. Das 190 amostras, 141 (74,21%) foram positivas: Aspergillus flavus 3/12 (25%); Aspergillus fumigatus 8/12 (66,67%); Aspergillus niger 11/22 (50%); Aspergillus ochraceus 8/16 (50%); Aspergillus sydowii 15/20 (75%); Penicillium chrysogenum 29/29 (100%); Penicillium citrinum 26/29 (89,65%); Penicillium commune 8/10 (80%); Penicillium expansum 16/20 (80%); e Penicillium rugulosum 17/20 (85%). De acordo com a literatura as espécies estudadas são produtoras de micotoxinas, dentre elas: Aflatoxina (A. flavus), Citrinina (P. chrysogenum, P. citrinum, e P. expansum), Esterigmatocistina (A. sydowii), Gliotoxina (A. fumigatus), Ocratoxina A (A. flavus, A. niger, A. ochraceus, P. commune, e P. rugulosum), e Patulina (P. expansum). Diante destes resultados é relevante ressaltar a importância da detecção de micotoxinas produzidas por fungos isolados de ambientes climatizados, uma vez que os condicionadores de ar são sítios concentradores destes microrganismos, podendo trazer sérios agravos à saúde dos usuários destes ambientes a médio e longo prazo.


Palavras-chave:  Ambientes climatizados, Aspergillus, Fungos patogênicos, Micotoxinas, Penicillium