ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 106-2


Poster (Painel)
106-2Diversidade de carbapenemases em isolados clínicos de Pseudomonas aeruginosa recuperadas no Hospital Universitário de Londrina
Autores:Paula, S.B. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Bocchi, M. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Oliveira, F.E. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Venancio, E.J. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Perugini, M.R.E. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Yamada-Ogatta, S.F. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Carrara-Marroni, F.E. (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

Altas taxas de resistência aos carbapenêmicos em Pseudomonas aeruginosa são relatadas em importantes centros de saúde no mundo, onde a produção de carbapenemases tem emergido como um importante mecanismo de resistência a tais antimicrobianos. As metalo-beta lactamases são as carbapenemases mais prevalentes em P. aeruginosa, no entanto, na atualidade, a enzima Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) tem sido detectada em isolados carbapenem resistentes em países da América Latina, inclusive no Brasil. Este estudo teve como objetivo avaliar a situação da resistência aos carbapenêmicos e investigar a produção de carbapenemases entre isolados clínicos de P. aeruginosa recuperados no Laboratório de Microbiologia Clínica do Hospital Universitário (HU) de Londrina no período de janeiro a abril de 2014. Um total de 145 isolados clínicos de P. aeruginosa consecutivos e não repetidos identificados pelo ViteK 2 (Biomerieux) foram avaliados para a resistência aos antimicrobianos pelos método automatizado e de disco difusão. Os resultados dos testes de sensibilidade aos antimicrobianos foram interpretados segundo o Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI, 2014). As taxas de resistência obtidas para os carbapemênicos foram: Imipenem (50,8%), Meropenem (49,20%) e índices maiores de resistência a estes antimicrobianos foram obtidos para isolados recuperados de pacientes internados nas UTIs: Imipenem (57,69%), Meropenem (53,85%), demonstrando assim o uso extensivo destes fármacos para o tratamento das infecções por P. aeruginosa no hospital estudado. A reação em cadeia da polimerase (PCR) foi realizada para a detecção de genes codificadores de metalo-beta-lactamases (MBL) e Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC)em vinte e oito isolados clínicos não sensíveis aos carbapenêmicos e ceftazidima. Um total de 17 isolados apresentaram genes codificadores de cabapenemases: 17 apresentaramo gene blaSPM-1, um isolado apresentou o gene blaIMP-like e um o gene bla VIM-like. Em dois isolados foram detectados simultaneamente os genes blaSPM-1/blaIMP-like e blaSPM-1/blaVIM-like, respectivamente. Nenhum isolados deste estudo apresentou amplicons para os genes blaNDM e blaKPC. Os dados obtidos neste estudo ressaltam aa importância das metalo-beta-lactamases como determinantes de resistência aos carbapenêmicos no HU de Londrina. Estudos prospectivos estão sendo conduzidos para avaliar os possíveis mecanismos e a epidemiologia molecular da resistência aos antimicrobianos destes isolados a fim de obter subsídios que possam auxiliar no controle e tratamento das infecções por este patógeno.


Palavras-chave:  Pseudomonas aeruginosa, Antimicrobianos, Resistência, Carbapenemases, Metalo-beta lactamases