ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 104-2


Poster (Painel)
104-2Identificação molecular: impacto da presença do gene blaKPC na mortalidade em pacientes com enterobactérias resistente a carbapenêmicos (ERC)
Autores:ALVES,H.P. (HSL-PUCRS - Hospital São Lucas da PUCRS) ; RAMOS,F. (HSL-PUCRS - Hospital São Lucas da PUCRS) ; SILVA, P.M. (HSL-PUCRS - Hospital São Lucas da PUCRS) ; BORGES, S.M. (HSL-PUCRS - Hospital São Lucas da PUCRS) ; MORETTI, S.M.M. (HSL-PUCRS - Hospital São Lucas da PUCRS) ; SILVA, L.G. (HSL-PUCRS - Hospital São Lucas da PUCRS) ; LOBO, G.L. (HSL-PUCRS - Hospital São Lucas da PUCRS) ; SOARES,T.P.S. (HSL-PUCRS - Hospital São Lucas da PUCRS)

Resumo

Introdução: Enterobactérias são responsáveis por um número significativo de infecções e mortes a cada ano nos Estados Unidos e em todo mundo, sendo cada vez mais emergente a resistência aos antibióticos nesta família de bactérias. O gene blaKPC codifica KPC, e está localizado no interior do transposon Tn3 em plasmídeos transferíveis, estando a presença do gene associada a uma maior mortalidade. Objetivos: Analisar a mortalidade bruta em 14 e 30 dias dos pacientes com isolados de enterobactérias resistentes a carbapenêmicos, estratificada por presença ou ausência do gene blaKPC. Materias e Métodos: O estudo foi realizado em um hospital universitário da cidade de Porto Alegre – RS, que realiza atendimentos públicos e privados, no período de janeiro de 2012 a maio de 2013. Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo. Os dados incluem apenas isolados de amostras clínicas, sendo excluídas amostras de pesquisa de vigilância. Resultados: Foram avaliados no período 55 pacientes, com média de idade de 57 anos, e uma mediana de 22 dias entre a internação e o isolado clínico. A presença do gene blaKPC foi detectada em 63,5% (n:40) do total de amostras. O sítio mais frequente foi urinário (52,4% n:33) sendo 54,5% destas amostras, positivas para blaKPC (mortalidade em 14 dias 27,7%). Hemoculturas representaram 15,9% (n:10) das amostras, sendo 70% destas, positivas para blaKPC (mortalidade em 14 dias 43%). Quanto ao tratamento, verificamos que 27,5% dos pacientes com presença do gene foram tratados em monoterapia (mortalidade em 14 dias 36,4%) e também 27,5% tratados em terapia combinada (mortalidade em 14 dias 54,5%). No geral, a mortalidade bruta em 14 dias foi de 47,5% para os pacientes com detecção do gene blaKPC versus 15% naqueles ao qual o gene não foi identificado. Conclusão: Observa-se uma maior mortalidade nos pacientes com identificação molecular do gene blaKPC. É importante ressaltar que a presença de outros genes de resistência como blaVIM, blaIMP, blaOXA48 e blaNDM também foi pesquisada, não tendo sido identificados nas demais amostras.


Palavras-chave:  Carbapenemase, Carbapenêmicos, Controle de Infecção, Enterobactéria, KPC