ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 102-2


Poster (Painel)
102-2AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA E PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS DE Escherichia coli ISOLADAS EM UROCULTURAS DE PACIENTES INTERNADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NA CIDADE DE SALVADOR – BA.
Autores:Leite, M.C. (UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) ; Caldas, R.M. (UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) ; Freire, L.B. (UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) ; Ferreira, I.E. (BAHIANA - Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública) ; Ferreira, V.F. (BAHIANA - Escola Bahiana de Medicina e Saúde PúblicaHSR - Hospital São Rafael) ; Barberino, M.G. (UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAHSR - Hospital São Rafael)

Resumo

Introdução: A infecção do trato urinário (ITU) é considerada a segunda infecção mais comum em humanos, estima-se que ocorram cerca de 150 milhões de casos anualmente. O aumento das taxas de resistência aos antimicrobianos entre os uropatógenos tem tornado mais difícil o tratamento dos ITUs. A E.coli é considerada o principal patógeno envolvido em ITU na comunidade e no ambiente hospitalar, seguido de K. pneumoniae, Enterobacter spp., Citrobacter spp., Serratia spp. Objetivo: Estimar as taxas de resistência e o perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos de E.coli isoladas em pacientes com ITUs em um Hospital Universitário entre 2007 e 2011. Métodos: Foram avaliadas 491 amostras de urina consecutivas, não repetidas. A identificação bioquímica dos isolados foi realizada por testes manuais e o teste de susceptibilidade aos antimicrobianos por disco difusão seguindo os critérios da CLSI (Clinical and Laboratory Standard Institute). Em todas as etapas foi utilizada como controle de qualidade a cepa ATCC de E.coli 25922. Resultados: Do total dos isolados, E.coli correspondeu a 43,8%, sendo que 57% dos pacientes pertenciam ao sexo feminino. Entre os antibióticos testados, a maior taxa de resistência foi para sulfametoxazol-trimetoprim 67,7%, seguido de cefalotina 64,6%, ciprofloxacina 54,6% e ampicilina-sulbactam 49,7%. Para outras cefalosporinas, aminoglicosídeos, aztreonam e piperaciclina-tazobactam foram observadas taxas de resistência variando de 7% a 25,1%. Entre os cabapenêmicos, apenas ertapenem apresentou uma taxa de 5%, já para polimixina observamos 100% de sensibilidade entre os isolados. A presença de isolados com teste positivo para enzima β-lactamase de espectro estendido (ESBL) foi de 23,7%. Conclusão: Nosso estudo mostrou uma taxa alta de resistência à cefalotina, sulfametoxazol-trimetoprim, ciprofloxacina e ampicilina-sulbactam, contraindicando o uso destes antimicrobianos como tratamento empírico com consequente elevação dos custos do tratamento das ITUs. A prevalência de cepas produtoras de ESBL em nosso estudo foi considerada relativamente alta, limitando o uso de cefalosporinas nas ITU, sendo também motivo de preocupação. Mais estudos como esse devem ser realizados, devido a possíveis mudanças no perfil de sensibilidade dos patógenos mais frequentes das ITUs hospitalares, provendo melhor assistência aos indivíduos internados e garantindo um tratamento adequado, além de contribuir para o controle e disseminação da resistência bacteriana


Palavras-chave:  ITU, INFECÇÃO HOSPITALAR, RESISTÊNCIA BACTERIANA, E.COLI