Resumo

Devido ao limitado espectro de ação dos antimicrobianos e dos seus efeitos indesejáveis, necessita-se descobrir novas formas de tratamento. Estudos buscam novos fármacos, sendo as pesquisas com substâncias vegetais boas perspectivas. A Schinopsis brasiliensis Engler. (braúna) é popularmente utilizada como fitoterápico, sendo eficaz contra microrganismos. Este trabalho objetivou verificar a atividade antimicrobiana dos extratos fracionados de hexano, diclorometano, acetato de etila, etanol e metanol da casca e das folhas da S. brasiliensis frente às cepas padronizadas de Staphylococcus aureus (ATCC 25923), Escherichia coli (ATCC 25922), Klebsiella pneumoniae (ATCC13883) e Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853), através de análise comparativa entre os métodos de difusão em disco e cavidade em placa. Os extratos fracionados, a partir da casca e das folhas, foram obtidos por extrações sucessivas através de maceração a frio utilizando 5 solventes de diferentes polaridades. A avaliação do potencial antimicrobiano dos extratos foi realizada pelos métodos de difusão em disco e cavidade em placa, sendo cada ensaio realizado em triplicata. Foi considerada como possuidora de atividade antimicrobiana aquela concentração do extrato que quando aplicada sobre o meio de cultura contendo a suspensão do microrganismo apresentou um halo de inibição de crescimento igual ou superior a 8,0 mm de diâmetro. Os solventes puros foram utilizados como controles negativos. Constatou-se que as frações dos extratos de casca e folha, em ambos os métodos, foram efetivos contra as cepas de S. aureus e K. pneumoniae. Com relação à P. aeruginosa, as frações que se mostraram efetivas foram: metanólica/casca, em ambos os métodos; acetato etílica/folha/cavidades e as frações etanólica e metanólica das folhas, em ambas as metodologias. Por outro lado, as frações metanólica/casca/cavidades, etanólica e metanólica/folha, em ambos os métodos, apresentaram efeito inibitório frente à E. coli. Os resultados sugerem que a maioria dos compostos ativos são apolares na casca e polares na folha e o método da cavidade em placa apresenta-se mais eficiente, além de incentivar novas pesquisas para melhor investigação do potencial antimicrobiano da espécie vegetal estudada.