ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 84-1


Poster (Painel)
84-1PERFIL DE RESISTÊNCIA EM AMOSTRAS DE Mycobacterium tuberculosis ISOLADAS NO LABORATÓRIO DE REFERÊNCIA DO ESTADO DE SERGIPE
Autores:DA SILVA, C.M. R (UNIT - Universidade Tiradentes) ; OLIVEIRA, I.D. (UNIT - Universidade Tiradentes) ; ARAÚJO, R.D.C. (LACEN-SE - FUNDAÇÃO DE SAÚDE PARREIRAS HORTA) ; ROCHA, R.M. (LACEN-SE - FUNDAÇÃO DE SAÚDE PARREIRAS HORTA) ; GASPAR, L.M.A.C. (UNIT - Universidade Tiradentes)

Resumo

A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de koch, descoberto por Robert Koch, em 1882. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) (2011), a incidência de TB vem diminuindo desde 2002 em 1,3% ao ano. O tratamento da TB é realizado através da administração de múltiplos fármacos com ações diferentes e divididas em duas fases. A interrupção, abandono do tratamento ou até mesmo o uso indiscriminado e irregular dos fármacos, proporciona uma pressão seletiva que favorece o surgimento, através da sobrevivência, de bacilos resistentes, conduzindo a resistência ao tratamento. O trabalho teve como objetivo evidenciar o número de casos em que ocorreu uma multirresistência e identificar a situação atual do estado de Sergipe. Foi realizado um estudo transversal a partir da coleta de dados no Laboratório de Referencia Estadual em Micobactérias, das amostras suspeitas de tuberculose, entre Janeiro de 2010 à Dezembro de 2013. Foram analisadas 142 amostras com o resultados de TSA. Observando os valores de sensibilidade e resistência, por ano estudado, é possivel perceber que o número de resistência cresceu no decorrer dos três anos, passando de 24 em 2011, para 31 em 2012 e 33 em 2013. Já o valor de sensibilidade oscilou, caindo em 2012 e subindo novamente em 2013, fica claro que o número de testes em que houve sensibilidade foi significativamente maior do que aqueles que apresentaram-se resistêntes. Dentro dos dados de resistência pôde ser observado que o antibiótico Rifampicina apresentou um aumento no decorrer dos anos seguintes obtendo 32,95% (n=29) enquanto que o Isoniazida manteve-se estavél entre 2011 e 2013, obtendo o mesmo percentual de 32,95% (n=29), seguidos por Estreptomicina com 18,18% (n=16) e Etambutol com 15,92% (n=14). Observando os dados de MRD-TB vêmos que o número de casos da bactéria multirresistente não obteve um aumento significativo, sendo que os valores de paciêntes que não apresentaram a forma multirresistente foi bem maior. Os pacientes que apresentaram tuberculose multirresistente (MRD-TB) devem fazer usos de antibioticos de segunda linha. Existem 4 mecanismos pelo qual a bacteria adquire resistência, são elas: conjugação, transformação, transdução e mutação. O M. tuberculosis adquire resistência aos farmacos apenas por mutação. Em 2011, a MRD-TB atingiu cerca de 630 mil pessoas no mundo. Outro ponto importante que deve ser ressaltado é a existência da tuberculose em que a cepa é extremamente resistente (XRD-TB). O estudo feito não evidenciou nenhum caso de XRD-TB no estado de Sergipe, dentre os dados analisados, pois a Fundação de Saúde Parreiras Horta não faz analise com as drogas da segunda linha de tratamento, sendo estas enviadas para o centro de referência Hélio Fraga. Com isso foi possível mostrar que no estado de Sergipe a incidência da forma multirresistente da Mycobacterium tuberculosis é baixo se comparado com outros países do mundo incluindo o Brasil


Palavras-chave:  Mycobacterium tuberculosis, Resistência, Tuberculose, TSA