ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 77-2


Poster (Painel)
77-2Prevalência de infecções do trato urinário em pacientes atendidos no Hospital Universitário Alcides Carneiro em Campina Grande-PB
Autores:Catão, R.M.R. (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Souza, L.F.S. (UEPB - Universidade Estadual da ParaíbaUEPB - Universidade Estadual da Paraíba)

Resumo

Introdução: As infecções do trato urinário (ITU) são consideradas, na clínica médica, como uma das mais frequentes e muitas vezes difíceis de serem corretamente tratadas. A etiologia microbiana dessas infecções tem se mantido relativamente constante ao longo do tempo. No entanto, os uropatógenos, apresentam relevantes alterações no que se refere ao aumento da resistência aos antimicrobianos. Objetivo: Verificar a prevalência de uropatógenos isolados de ITU e determinar o seu perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos habitualmente prescritos, no âmbito hospitalar. Metodologia: Estudo retrospectivo e transversal realizado por meio da análise dos prontuários analisando-se os resultados das uroculturas, armazenadas no setor de Microbiologia e na Central de Processamento de Dados (CPD), referentes à pacientes ambulatoriais e nosocomiais atendidos no Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Universitário Alcides Carneiro - HUAC da Universidade Federal de Campina Grande - PB, no período de Janeiro a Junho de 2013. Resultados: Foram analisados 1.468 resultados de uroculturas, das quais 333 (22,7%) foram consideradas positivas (≥ 106 UFC/mL), com predomínio de uropatógenos pertencentes à família Enterobacteriaceae (89,2%), tanto em pacientes de origem ambulatorial quanto hospitalar, sendo a Escherichia coli e a Klebsiella sp. as espécies mais frequentes. Dentre os demais uropatógenos, também se destacou a Pseudomonas aeruginosa, particularmente, isolada de pacientes hospitalizados. Em relação ao perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos verificou-se que as linhagens apresentaram resistência à vários antimicrobianos, em especial aos mais utilizados no hospital em estudo, tais como: ampicilina (82,6%), cefepima (64,3%) e sulfametoxasol-trimetoprim (59,3%) apresentando elevados percentuais de cepas resistentes. Não se observou diferenças quanto à resistência aos antimicrobianos entre as linhagens bacterianas de pacientes nosocomiais ou ambulatoriais. Conclusão: O elevado percentual de cepas resistentes a alguns antimicrobianos prescritos rotineiramente neste hospital sugere a necessidade de adoção de medidas que permitam a substituição destes antimicrobianos possibilitando um melhor desempenho da terapêutica antimicrobiana.


Palavras-chave:  Antimicrobianos, Escherichia coli, Infecção Hospitalar, Resistência bacteriana, Uropatógenos