ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 59-1


Poster (Painel)
59-1Estudo da atividade antimicrobiana das plantas Mimosa tenuiflora (Jurema preta), Piptadenia stipulacea (Jurema branca) e Solanum paniculatum (Jurubeba) sobre Staphylococcus aureus: uma revisão de literatura
Autores:CAVALCANTI, V.M. (FASER - Faculdade Santa Emília de Rodat) ; ALENCAR, A.A. (FASER - Faculdade Santa Emília de Rodat)

Resumo

Nos últimos anos, a resistência de micro-organismos patogênicos a múltiplas drogas tem aumentado devido ao uso indiscriminado de antimicrobianos, comumente comercializados e usados no tratamento de doenças infecciosas. A bactéria Staphylococcus aureus é uma das patogênicas mais importantes, uma vez que atua como agente de inúmeras infecções, sendo assim necessária uma busca constante por novos compostos que sejam eficazes no combate a essas infecções. As plantas têm se tornado objeto de estudo científico no que concerne às suas propriedades medicinais, sendo uma excelente fonte para a busca de novas substâncias com atividade antimicrobiana. Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo evidenciar a atividade antimicrobiana das plantas Solanum paniculatum, Mimosa tenuiflora e Piptadenia stipulacea sobre S. aureus a partir de uma pesquisa exploratória descritiva realizada através de um levantamento bibliográfico baseado nas bases de dados Scielo, Bireme e Pubmed. Foram considerados artigos e dissertações publicados até 2014, utilizando-se como descritores “Staphylococcus aureus”, “JUREMA BRANCA”, “JUREMA PRETA” e “JURUBEBA”. Pesquisa visando avaliar a atividade antimicrobiana do extrato da raiz da planta Solanum paniculatum, conhecida popularmente como "jurubeba", demonstrou que cepas de S. aureus foram sensíveis quando utilizado o extrato puro e nas diluições 1:1; 1:2; 1:4; 1:8; 1:16; 1:32 e 1:64, com halos variando de 11mm a 30mm de diâmetro. A ação da planta Mimosa tenuiflora sobre S. aureus também tem despertado interesse. A sua ação antimicrobiana foi testada por pesquisadores, registrando uma eficácia de 100%, com halos de inibição medindo em média 25mm de diâmetro. A eficácia do extrato da M. tenuiflora, conhecida popularmente por "jurema preta" foi vista nas diluições 1:1, 1:2, 1:4, 1:8, 1:16, 1:32, 1:64 e 1:128. O potencial antimicrobiano do extrato da casca da planta Piptadenia stipulacea, conhecida popularmente como "jurema branca", foi avaliado, sendo observado que as cepas de S. aureus mostraram-se resistentes, com a formação de halos de inibição apenas quando utilizado o extrato puro e a diluição 1:1, com diâmetros variando entre 8mm a 15mm. Acredita-se que essa baixa atividade da P. stipulacea ocorreu devido à pequena quantidade de taninos presentes na casca da planta. Pode-se, então, concluir que as plantas M. tenuiflora e S. paniculatum possuem ótimas atividades antimicrobianas sobre S. aureus, provando que existem plantas com potencial bactericida ou bacteriostático, podendo atuar como fontes para a produção de novos antibióticos. Entretanto, nos ensaios realizados com os diversos extratos da planta P. stipulacea, foi observado que as cepas de S. aureus se mostraram resistentes ou com baixa sensibilidade.


Palavras-chave:  Staphylococcus aureus, Jurema branca, Jurema preta, Jurubeba