ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 35-1


Poster (Painel)
35-1Vigilância epidemiológica de bactérias multirresistentes em um hospital municipal na cidade Uberlândia, MG
Autores:Borges, L.F.A. (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA) ; Ribas, R.M. (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA) ; Santos, R.C.C. (UNIPAC - ARAGUARI - Faculdade Presidente Antônio Carlos Araguari) ; Cunha, J.A.B (HMMDOLC - Hospital e Maternidade Municipal Dr. Odelmo Leão Carneiro) ; Gontijo Filho, P.P. (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA)

Resumo

A emergência e a disseminação de microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos tem se tornado um problema comum de saúde pública em instituições de saúde. Além disso, o surgimento alarmante de bactérias multirresistentes pode conduzir a casos clínicos não tratáveis e ao aumento dos custos, devido à necessidade de hospitalização prolongada e de uso de drogas mais caras. A epidemiologia auxilia a vigilância destes microrganismos no ambiente hospitalar, contribuindo para a determinação das fontes de contaminação, rastreamento das amostras pertencentes ao mesmo perfil fenotípico, genotípico e evolução das síndromes infecciosas, viabilizando assim a determinação de microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos epidêmicos ou endêmicos nos hospitais. Este trabalho teve como objetivo avaliar a incidência de microrganismos multirresistentes na etiopatogenia das infecções nas diferentes unidades de um hospital municipal na cidade de Uberlândia, MG. Este estudo foi realizado a partir dos relatos das culturas bacterianas positivas de Staphylococcus aureus resistente a meticilina/oxacilina; Enterococcus spp. resistentes a vancomicina; Klebsiella pneumoniae; Pseudomonas aeruginosa, Stenotrophomonas maltophilia e Acinetobacter baumanni resistentes aos carbapenêmicos, no período de maio/2013 a março de 2014. A maioria das amostras biológica contendo estes microrganismos foram provenientes de pulmão em 44,5%, sangue/cateter em 35,5%. O microrganismo de maior incidência foi o A. baumanni em 39,1% das amostras, seguido pela P. aeruginosa em 30,3%. Os S. aureus corresponderam a 28,5%. Em 2 (50,0%) das 4 das amostras de K. pneumoniae, foi confirmado o gene KPC, pelo método de PCR. Em um próximo momento as demais amostras serão submetidas a análises fenotípicas e moleculares para confirmação do mecanismo de resistência. Com este estudo espera-se acrescentar justificativas para se propor intervenções e discussão permanente dos casos de resistência bacteriana local, uma vez que a caracterização fenotípica e genotípica permite melhor determinar as medidas de prevenção e controle das infecções.


Palavras-chave:  infecção hospitalar, bactérias, resistência