ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 31-2


Poster (Painel)
31-2Prevalência de Infecções Relacionadas a Assistência a Saúde (IRAS), uso de critérios microbiológicos e de antimicrobianos em hospital universitário mineiro
Autores:KAYASHIMA, I.C. (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; BRAGA, I. A. (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; PIRETT, C. C. N. S. (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; BRITO, C.S (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; GONTIJO FILHO, P.P (UFU - Universidade Federal de Uberlândia)

Resumo

Introdução: O reconhecimento da magnitude de infecções relacionadas a assistência à saúde e dos antibióticos mais prescritos são essenciais para o desenvolvimento de políticas que visem a prevenção das infecções e o uso adequado desses medicamentos. Objetivos: Avaliar a prevalência de infecções hospitalares, definidas com e sem critérios microbiológicos, e o uso de antimicrobianos. Métodos: O Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia apresenta 530 leitos, e oferece assistência médica a nível terciário. Foi realizado um inquérito de prevalência de infecções hospitalares e comunitárias, definidas com e sem a utilização de critérios microbiológicos, com o preenchimento de uma ficha individual com os dados clínicos dos pacientes, considerando-se também a utilização de antibióticos, se profilática ou terapêutica. Resultados: As taxas de prevalência de pacientes infectados e com IRAS foram, respectivamente, de 25,1% e 34,0%. As infecções mais frequentes (65,8%) quanto a localização anatômica foram de corrente sanguínea e pneumonia. A maioria das infecções (59,2%) foi definida através de critérios microbiológicos. Adicionalmente, observou-se a taxa de infecção comunitária de 7,4% e uma frequência de prescrição de antibióticos em aproximadamente 40,0% dos pacientes internados. Em relação à indicação clínica, 65,5% foi utilizada terapêutica e 34,5% profilaticamente. A prescrição predominou entre pacientes adultos (36,6%), mas foi maior entre crianças (51,4%). A utilização destes medicamentos conforme a gravidade do pacientes foi de 45,5% nos internados em unidades críticas, 31,5% e 38,2% naqueles internados, respectivamente, nas enfermarias de clínicas médica e cirurgia. No total, onze classes diferentes de antibióticos foram utilizadas no hospital, compreendendo a 19 antibióticos distintos. Os β-lactâmicos foram os mais prescritos, correspondendo a 61,3%, seguindo-se os glicopeptídeos 16,2% e carbapenêmicos 8,8%. Conclusões: A taxa de pacientes com IRAS foi alta, e com predomínio de infecções mais graves e cerca da metade dos pacientes internados utilizava antimicrobianos, compreendendo uma variedade expressiva destes fármacos, com evidência de prescrição empírica na metade dos pacientes. Observou-se um predomínio de betalactâmicos, mas classes de uso especial como glicopeptídeos e carbapenêmicos, responderam pela segunda e terceira posição, respectivamente.


Palavras-chave:  IRAS, Uso de antibiótico, Infecção hospitalar