ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 17-2


Prêmio
17-2Achromobacter spp na Fibrose Cística: Identificação das espécies, susceptibilidade a antimicrobianos a atributos de virulência.
Autores:Pereira, R.H.V. (UERJ - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO) ; Carvalho-Assef, A.P.D.A. (FIOCRUZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ) ; Albano, R.M. (UERJ - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO) ; Folescu, T.W. (IFF-FIOCRUZ - INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA) ; Jones, M.C.M.F. (UERJ - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO) ; Leão, R.S. (UERJ - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO) ; Rodrigues, E.R.A. (UERJ - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO) ; Rocha, G.A. (UERJ - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO) ; Marques (UERJ - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO)

Resumo

Achromobacter xylosoxidans, tem se destacado como um importante patógeno pulmonar na Fibrose Cística (FC). Entretanto, a real frequência das outras espécies do gênero pode ser subestimada devido a dificuldade de identificação pela similaridade fenotípica e genotípica entre elas. Fatores relacionados à virulência e resistência a antimicrobianos são pouco conhecidos. O objetivo do estudo foi comparar diferentes metodologias para identificação de Achromobacter spp; analisar perfis e mecanismos de resistência a antimicrobianos; avaliar a relação clonal entre as amostras e estudar a produção de biofilme e tipo de motilidade em amostras de pacientes com FC, atendidos em dois centros de referência do Rio de Janeiro. Foram analisadas 129 amostras do gênero isoladas de 38 pacientes, identificadas por testes fenotípicos, sequenciamento do gene rrs e PCR do gene blaOXA-114-like, intrínseco de A. xylosoxidans. Os testes fenotípicos e sequenciamento identificaram 93,8% (n=122) das amostras como A. xylosoxidans, uma como A. denitrificans e sete apenas em gênero. As 122 amostras foram positivas para o gene blaOXA-114-like. O PFGE mostrou 22 grupos clonais. Foram selecionadas 63 amostras, uma de cada grupo clonal por paciente, para a identificação por ARDRA. Todas as amostras foram identificadas: 56 (88,9%) A. xylosoxidans, uma (1,5%) A. denitrificans, três A. insolitus (4,8%) e três (4,8%) como A. piechaudii. A maioria (n=101) das amostras de A. xylosoxidans foi forte produtora de biofilme (BF) e com motilidade do tipo swimming (n=118; 96,7%) e swarming (n=99; 81%). Todas as amostras positivas para swarming também foram positivas para swimming. Houve significância entre produção de BF e os tipos de motilidades, sugerindo que esses possam favorecer a produção de BF. A maioria das amostras de não A. xylosoxidans, produziu BF e os dois tipos de motilidades. Das 122 amostras de A. xylosoxidans submetidas à CIM por E-test®, a maioria foi sensível a ceftazidima, imipenem, ciprofloxacin (CIP) e sulfametoxazol/trimetoprim. Entretanto, 46% das amostras foram resistentes a CIP. As amostras de não A. xylosoxidans foram sensíveis a todos aos antimicrobianos testados. Todas as amostras foram negativas para os genes blaSPM1, blaVIM 2 e blaKPC2. Independente da técnica empregada, A xylosoxidans foi a espécie predominante, entretanto não é excludente o envolvimento de espécies emergentes nesse cenário, uma vez que todas mostraram perfil de virulência semelhante a espécie predominante.


Palavras-chave:  Fibrose Cística, Identificação, Resistência, Virulência