ANAIS :: MICROAL 2014
Resumo: 369-3


Poster (Painel)
369-3FUNGOS TOXIGÊNICOS PRESERVADOS NA COLEÇÃO DE CULTURA DE MICRO-ORGANISMOS DE SERGIPE CCMO/SE
Autores:MELO, D. L. F. M. de (LMA/DMO/UFS - Lab. de Microbiologia Aplicada, Dep. de Morfologia) ; PONZZES-GOMES, C. M. P. B. (LMA/DMO/UFS - Lab. de Microbiologia Aplicada, Dep. de Morfologia) ; ROCHA, K. K. R. (LMA/DMO/UFS - Lab. de Microbiologia Aplicada, Dep. de Morfologia) ; BARBOSA JUNIOR, A. M. (LMA/DMO/UFS - Lab. de Microbiologia Aplicada, Dep. de Morfologia)

Resumo

CCMO/SE foi instalada em 2001, mas a formação da coleção de fungos micelianos deu-se em 2009, isoladas de diversos sítios no estado de Sergipe. Essa coleção permite diversos estudos biotecnológicos. A produção de micotoxinas por esses fungos da coleção torna-se relevante devido que a ingestão de alimentos que contenham micotoxinas, podem causar graves efeitos sobre a saúde. Objetivo desse trabalho foi verificar produção de micotoxinas por fungos e leveduras da coleção pelo método de plaqueamento. Na descrição da coleção de cultura para esse estudo: 11 isolados de solo mangue, 33 isolados de solo arenoso de praias e praças e 8 isolados de extrato de tomate industrializado (3 Aspergillus special complex,1 Penicillium sp, 1 Cladosporium carrionii, 1Candida utilis, 1 Murcor circinelloides e 1Penicillium chrysogenum). O método adotado para detecção de micotoxina foi o screening. Os fungos foram revitalizados e repicados em Agar leite de coco, sendo incubadas à temperatura ambiente por 10 dias, para a obtenção da colônia gigante. Para detecção da produção de micotoxina, com a observação de verso e reverso das colônias, em especial a sua pigmentação. A visualização da micotoxina foi realizada na luz U.V. O aparecimento de fluorescência azul ao redor da colônia indica produção de aflatoxina B e a fluorescência verde indica a presença de aflatoxina G. Foi constatada a produção enzimática em 21,2% das linhagens. Dentre as linhagens, 100% de origem de contaminação de extrato de tomate industrializado produziram micotoxinas. Um isolado de solo de mangue (Cladosporium sp) e dois isolados de solo arenoso (Penicillium sp e Fusarium sp) produziram afltoxinas. E as espécies/gêneros que mais produziram micotoxinas foram Cladosporium sp, Penicillium sp e Aspergillus spp. Prevaleceu a produção de aflatoxina B, principalmente oriunda de fungos do molho de tomate (6 isolados fúngicos a produziram). A ocorrência de fungos biodeteriores de alimentos e associados na produção de micotoxinas potencializa o risco em saúde. Novos estudos são necessários para melhoramento na detecção e inferências proteômicas dessas micotoxinas, mas esses dados já indicam que tratamentos e instrumentos de controle de fungos em alimentos são necessários e/ou inativadores de micotoxinas diminuindo, assim o risco em saúde pública e as grandes perdas econômicas relacionadas ao setor alimentício.


Palavras-chave:  aflatoxinas, fungos toxigênicos, fungos contaminantes, coleção de cultura, fungos ambientais toxigênicos