ANAIS :: MICROAL 2014
Resumo: 359-3


Poster (Painel)
359-3Determinação simultânea de ocratoxina A e alfa em farinhas de trigo
Autores:Kupski, L. (FURG - Universidade Federal do Rio Grande) ; de Paula, M. (FURG - Universidade Federal do Rio Grande) ; Priscila Tessmer Scaglioni (FURG - Universidade Federal do Rio Grande) ; Vieira, J. G. (FURG - Universidade Federal do Rio Grande) ; Queiroz, M. I. (FURG - Universidade Federal do Rio Grande) ; Badiale-Furlong, E. (FURG - Universidade Federal do Rio Grande)

Resumo

Entre as micotoxinas conhecidas por contaminarem alimentos, destaca-se a ocratoxina A (OTA), pela sua característica carcinogênica, nefrotóxica e teratogênica. Métodos biológicos têm sido investigados para diminuição do seu teor em alimentos tendo como principal via de degradação a hidrólise da ligação amida que liga a porção isocumarina não tóxica da OTA (OTα) com a molécula de fenilalanina. Por essa razão, o desenvolvimento de métodos analíticos que permitem uma confiável identificação, quantificação e detecção a baixos níveis de concentração para ambos os compostos são necessários. Neste trabalho foram estudadas a extração e detecção simultânea de OTA e seu metabólito OTα de farinhas de trigo. O padrão de OTα foi preparado por hidrólise ácida de padrão de OTA. A extração foi realizada através da hidrólise com HCl 2N e partição com clorofórmio. A agitação do sistema foi realizada em vortex durante 1 minuto, com posterior remoção da fração clorofórmica. A separação e determinação de OTA e OTα foram realizadas em CLAE-FL. A corrida cromatográfica foi realizada à 35 °C, com vazão de 0,6 mL.min-1 com detector de fluorescência (FL) nos comprimentos de onda de excitação e de emissão 333 nm e 460 nm, respectivamente. Os extratos secos foram ressuspensos em 1 mL da mistura de solventes que compõe a fase móvel (50% de Acetonitrila e 50% de água Milli Q acidificada 1% com ácido acético) e injetados em CLAE (coluna Kromasil C18 5 μm 250 x 4,6 mm), com injetor com alça de 20 μL. A eficiência da separação cromatográfica foi pelo fator de retenção (k) e fator de separação (α). O método foi validado em termos de linearidade, limite de detecção e quantificação e recuperação. Os fatores de retenção para OTα e OTA foram de 2,1 e 6,8, respectivamente, resultando em um fator de separação de 3,2. Os limites de detecção quantificação para OTA foram de 0,025 e 0,05 ng.g-1 e para OTα de 0,013 e 0,025 ng.g-1. A linearidade para OTA variou entre 0,05 – 5 ng.g-1 (y=9.697,25x-1481,97 e R=0,999) e para OTα variou entre 0,025-10 ng.g-1 (y=24435,41x + 2762,62 R=0,998). A recuperação dos analitos para farinha de trigo foi avaliada em três níveis (0,1; 0,25 e 0,5 µg.g-1), com faixa entre 96-112% para OTα e 75-90% para OTA. O método validado será empregado para avaliar a degradação enzimática de farinhas de trigo.


Palavras-chave:  CLAE, ocratoxina, farinha de trigo