ANAIS :: MICROAL 2014
Resumo: 349-1


Poster (Painel)
349-1Avaliação da atividade antimicrobiana de extratos vegetais de espécies do Cerrado frente a isolados clínicos de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA)
Autores:Florenço, A.M.A. (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Silva, T.S. (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Fernandes. J.G. (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Araújo, T.A.S. (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Amorim, E.L.C. (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Pranchevicius, M.C.S. (UFT - Universidade Federal do Tocantins) ; Cavalcanti, I.M.F. (UFPE - Universidade Federal de PernambucoUFPE - Universidade Federal de Pernambuco)

Resumo

Introdução: A comunidade científica tem empreendido esforços para desenvolver ou descobrir novas classes de antibióticos, especialmente a partir de produtos de origem natural empregados na medicina popular. Diversos micro-organismos estão envolvidos nas infecções nosocomiais, tendo destaque para o Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA), uma vez que esta bactéria é causa frequente de morbimortalidade, principalmente em pacientes imunodeprimidos. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana de extratos vegetais de espécies coletadas no Cerrado brasileiro frente a isolados clínicos de MRSA. Material e Métodos: Inicialmente foram preparados extratos brutos etanólicos e extratos fracionados (hexano, diclometano e etanol) de 4 plantas do Cerrado. Os nomes das plantas não serão divulgados, uma vez que estamos em trâmites de depósito de patente. O extrato da fração etanólica e o extrato bruto foram utilizados para testar a atividade antimicrobiana frente à MRSA pela determinação da concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração bactericida mínima (CBM) pelo método da microdiluição em caldo de acordo com o Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Resultados e Discussão: Todos os extratos apresentaram atividade bacteriostática frente aos dez isolados clínicos de MRSA (CIM = 31 - 250 µg/mL). Não houve diferença nos valores de CIM e CBM entre os extratos brutos e suas respectivas frações etanólicas. Dos extratos analisados os da casca e folha de uma das plantas parecem apresentar uma atividade antibacteriana mais efetiva, uma vez que seus valores de CIM sempre se apresentaram inferiores em relação aos demais. Adicionalmente, o extrato bruto obtido da folha de uma das plantas, assim como a sua fração, apresentaram efeito bactericida (CBM = 250 µg/mL) frente a 50% dos isolados testados e o extrato bruto da casca desta mesma espécie, assim como sua fração, foram bactericida frente a 10% dos isolados. Conclusão: Desta forma, das espécies do Cerrado analisadas, os extratos brutos e as frações etanólicas das cascas e folhas de uma delas, parecem ser as melhores alternativas para o tratamento de infecções provocadas pelo MRSA


Palavras-chave:  Atividade antibacteriana, Extratos, Plantas do Cerrado, MRSA