ANAIS :: MICROAL 2014
Resumo: 302-3


Poster (Painel)
302-3ANÁLISE FÍSICO-QUIMICA DO LEITE DE VACAS ALIMENTADAS COM CAMA DE FRANGO
Autores:Carvalho M. A. G. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Santos P. C. Z. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Biondi G. F. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Martins O. A. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Ishizuka A. N. D. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Denadai J. C. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Silva I. G. O. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Gennari S. R. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Piccolo M B (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Ducatti C. (UNESP - Universidade Estadual Paulista)

Resumo

O uso da cama de frango na alimentação de ruminantes é proibido em diversos países, devido aos riscos de transmissão de doenças, principalmente da Encefalopatia Espongiforme Bovina. Apesar disso, ainda é fornecida como alimento a ruminantes, incluindo as vacas leiteiras. Devido à grande importância do leite na alimentação humana, e a difícil detecção do uso de cama de frango nas dietas de ruminantes, o objetivo desse estudo foi avaliar possíveis alterações físico-químicas no leite de vacas alimentadas com cama de frango. Foram utilizadas 12 vacas girolanda, distribuídas em dois tratamentos: vegetal (com dieta contendo silagem de milho, silagem de grão úmido de milho e farelo de soja) e cama de frango (contendo silagem de milho, silagem de grão úmido de milho e cama de frango). A execução do projeto foi autorizada legalmente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sob nº de processo 21052.009187/2013-02. Foram coletadas amostras de leite no 56º dia experimental. As composições físico-químicas das amostras foram determinadas pelo equipamento Milktester e os dados analisados pelo procedimento GLM no programa Minitab16. Não houve diferenças significativas nos valores de crioscopia (-0,525 e -0,581°H), densidade (1,0288 e 1,0308), lipídeos (4,5 e 4,1%), sólidos totais (12,68 e 13,55%), lactose (3,3 e 3,5%), proteína (4,6 e 4,9%) e sais (0,7 e 0,7%), entre os tratamentos cama de frango e vegetal, respectivamente. No entanto, o valor de sólidos não gordurosos foi 10,3% menor (p<0,05) no leite das vacas alimentadas com cama de frango (8,46%) em comparação ao leite do tratamento vegetal (9,43%), provavelmente pela menor quantidade de proteína, lactose e sais no leite das vacas do tratamento cama de frango e maior quantidade de lipídeos. Isto pode ter ocorrido devido a maior quantidade de alimentos volumosos na dieta com cama de frango, que favorece a produção de acetato no rúmen e o aumento de gordura no leite. Os dados obtidos nesse estudo indicam que a análise físico-química do leite pode servir como ferramenta adicional a outras técnicas de detecção do fornecimento de cama de frango a vacas leiteiras.


Palavras-chave:  análises físico-químicas, cama de frango, leite