ANAIS :: MICROAL 2014
Resumo: 295-3


Prêmio
295-3VIABILIDADE GASTROINTESTINAL SIMULADA DE MICROPARTÍCULAS COM Lactobacillus acidophilus OBTIDAS POR GELIFICAÇÃO IÔNICA
Autores:RADDATZ,G.C. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; ETCHEPARE,M.A. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; POLETTO,G. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; MENEZES,M.F.S.C (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; BARIN,M.P. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; SILVA,T.M. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; HOLKEM,A.T. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; CAVALHEIRO,C.P. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; HILDEBRAND,H. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; MENEZES,C.R. (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)

Resumo

A principal barreira dos microrganismos probióticos após sua ingestão é o trato gastrointestinal, onde estes devem resistir ao suco gástrico, à bile e à secreção pancreática mantendo-se viáveis para colonizar o intestino e promover seu efeito benéfico. Diversos estudos têm mostrado que os probióticos podem ser significativamente protegidos através da técnica de microencapsulação.O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade de micropartículas com Lactobacillus acidophilus obtidas por gelificação iônica frente às condições gastrointestinais simuladas.A produção das microcápsulas foi realizada através da técnica de extrusão/aspersão. Foram preparadas duas soluções: a primeira contendo 1% de alginato de sódio (ALG) e a segunda contendo 1% de alginato de sódio + 1% de Hi-maize (prebiótico) (AHM), ambas contendo Lactobacillus acidophillus como probióticos.Para avaliar a resistência das microcápsulas frente às condições gastrointestinais, fez-se o uso de 1 g de micropartículas com incubação sequencial, em condições simuladas in vitro do ambiente gástrico em pH 1,8, por 120 minutos. Logo, o pH foi alterado para 5,0 para simular as condições do ambiente intestinal, também por 120 minutos e, para finalizar a análise, o pH foi novamente alterado para 7,5 ainda simulando condições intestinais por mais 120 minutos.Comparando as duas formulações (ALG e AHM) após o aumento do pH 1,8 para pH 5,0 e , em seguida, pH 5,0 para pH 7,5 , o número de células viáveis para todos os tratamentos foi 106 log UFC/g, estando dentro dos padrões exigidos para que ocorram os benefícios exercidos pelos probióticos.No final da análise obtiveram-se reduções de log de 3,67 e 3,01 para as microcápsulas ALG e AHM respectivamente quando comparadas à contagem do tempo zero, demonstrando que os tratamentos apresentaram diferenças significativas entre si. O tratamento AHM apresentou a menor perda de viabilidade no decorrer da simulação do trato gastrointestinal. Estes resultados indicam que a microencapsulação de Lactobacillus acidophilus, utilizando alginato de sódio como principal material encapsulante, pode aumentar a sobrevivência celular mesmo quando submetido a condições adversas. No entanto, observa-se que a proteção pode ser significativamente melhorada se houver a adição de um prebiótico na formulação da cápsula.


Palavras-chave:  gelificação iônica, Lactobacillus acidophilus, microencapsulação, simulação gastrointestinal, viabilidade