ANAIS :: MICROAL 2014
Resumo: 270-2


Poster (Painel)
270-2IDENTIFICAÇÃO DE CEPAS TERMOFÍLICAS DE Campylobacter spp. POR PROVAS FENOTÍPICAS CONVENCIONAIS, API CAMPY® E SISTEMA REP-PCR SEMI AUTOMATIZADO
Autores:BENETTI TM (UEL - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA) ; ABRAHÃO WM (LACEN-PR - Laboratório Central do Estado do ParanáUFPR - Universidade Federal de Paraná) ; OLIVEIRA TCRM (UEL - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA)

Resumo

A diferenciação entre as espécies de Campylobacter spp. é necessária para vigilância epidemiológica e na avaliação de risco, porque C. jejuni é a espécie mais associada à campilobacteriose humana. Problemas na identificação das espécies de Campylobacter estão relacionados à incapacidade desse gênero de metabolizar carboidratos, de serem bioquimicamente pouco ativos e da falta de padronização dos testes utilizados nos laboratórios, o que dificulta a comparação de dados. No presente trabalho foram avaliados dois métodos fenotípicos (sistema API Campy® (Biomerieux) e provas fenotípicas convencionais) e um método genotípico (sistema REP-PCR, Diversilab®, Biomerieux) para a identificação de isolados de Campylobacter spp. de amostras clínicas e de alimentos. Um total de 43 isolados de Campylobacter spp., proveniente de carcaças de frango resfriadas e de fezes humanas, foi estudado neste trabalho. Os isolados pertencem a coleção de culturas do Laboratório Central do Estado do Paraná (LACEN-PR). As provas fenotípicas convencionais utilizadas foram catalase, oxidase, hidrólise de hipurato, hidrólise do indoxil acetato, e avaliação da sensibilidade ao ácido nalidíxico e à cefalotina (Oxoid, Inglaterra). A identificação empregando o sistema API Campy® (Biomerieux) e técnica semi-automatizada Diversilab® (Biomerieux) foi realizada de acordo com as instruções do fabricante. A percentagem de concordância entre os três métodos avaliados foi de 83,7% com discrepância na identificação em sete isolados. Neste estudo, apesar de todas as dificuldades já relatadas quando do uso das provas fenotípicas tradicionais, estas mostraram o melhor desempenho dentre as técnicas avaliadas, a maioria dos isolados foi (93,0%) adequadamente identificada (40/43) por esta técnica. Não foi possível a identificação das espécies hipurato negativas, mesmo após a realização do sequenciamento. Os resultados do presente trabalho sugerem que o uso das provas fenotípicas convencionais para a identificação das espécies de Campylobacter termofílicas é adequado para as espécies hipurato positivas.


Palavras-chave:  Campylobacter spp., identificação, Diversilab, sistema API CAMPY®, provas fenotípicas