ANAIS :: MICROAL 2014
Resumo: 270-1


Poster (Painel)
270-1AVALIAÇÃO DE DIFERENTES ALÍQUOTAS DA ENXAGUADURA NO MÉTODO DIRETO ISO 10272-2 PARA A CONTAGEM DE Campylobacter spp. EM CARCAÇAS DE FRANGO
Autores:BENETTI TM (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; ABRAHÃO WM (LACEN-PR - Laboratório Central do Estado do ParanáUFPR - Universidade Federal do Estado do Paraná) ; OLIVEIRA TCRM (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

A detecção e enumeração de Campylobacter spp. em carne de frango são essenciais para reduzir os riscos de contaminação. Muitos estudos associaram as dificuldades na contagem de Campylobacter em carne de frango à sua baixa competitividade frente à microbiota contaminante e à incapacidade dos agentes antimicrobianos adicionados aos meios seletivos de eliminar esta contaminação. O volume da enxaguadura utilizado no plaqueamento também pode levar a prejuízos na quantificação desse patógeno. O objetivo do presente estudo foi avaliar diferentes volumes de enxaguadura de carne de frango com a finalidade de minimizar a interferência da microbiota contaminante no isolamento e contagem de Campylobacter spp., sem comprometer a sensibilidade do método direto ISO 10272-2. Quarenta amostras de carcaças de frango resfriadas produzidas no Estado do Paraná foram coletadas em diferentes estabelecimentos comerciais da cidade de Curitiba, Paraná. O enxágue das carcaças foi realizado com adição de água peptonada tamponada a 0,1% (Oxoid) na proporção de 1 mL para cada grama de peso da carcaça, com fricção de toda a superfície. Alíquotas de 400, 100, 50, 10 e 5µL da enxaguadura foram semeadas em placas de Ágar carvão cefoperazona desoxicolato modificado (mCCDA) e Ágar Bolton modificado com incubação a 41,5 ± 0,5°C por 48 horas em microaerofilia. Doze (30,0%) das 40 amostras de carne de frango analisadas foram positivas para Campylobacter spp. pelo método direto, quando volumes de 100 e 400µL de enxaguadura foram utilizados, contudo, apenas em seis (50%) e em duas amostras (16,7%) foi possível realizar a contagem, quando utilizado os respectivos volumes. Nos demais volumes, 50, 10 e 5 µL, somente foi possível a detecção e quantificação em 4 (33,3%), 3 (25,0%) e 1 (8,3%) das 12 amostras positivas, respectivamente. A estratégia de utilização de volumes menores que 100 µL de enxaguadura não melhorou o isolamento e a contagem de colônias de Campylobacter. Esses resultados, portanto, confirmam que o volume de enxaguadura mais adequado para o método direto é o de 100 µL, como o preconizado na metodologia ISO 10272-2. Assim, uma provável solução para minimizar a interferência da microbiota contaminante seria desenvolver novos meios seletivos ou incorporar aos já existentes outros antimicrobianos.


Palavras-chave:  Campylobacter spp., quantificação, ISO 10272-2: 2006, carcaça de frango resfriada