ANAIS :: MICROAL 2014
Resumo: 262-1


Poster (Painel)
262-1Incorporação de óleo essencial de Origanum vulgare L. em filmes a base de quitosana como alternativa para inibição de Rhizopus stolonifer em tomates do tipo cereja (Lycopersicon esculentum var. cerasiforme)
Autores:Rodrigues, J. B. S. (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Athayde, A. J. A. A. (UFPE - Universidade Federal de PernambucoUFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Guerra, I. C. D. (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Santos, N. S. T. (IFPI - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí) ; Oliveira, P. D. (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Souza, E. L. (UFPB - Universidade Federal da Paraíba)

Resumo

As doenças pós-colheita são responsáveis por perdas, em muitos casos, superiores a 50%, perdas essas que ocorrem nas etapas pós-colheita, ou seja, antes de chegar à mesa do consumidor. Grande parte desses prejuízos são causados em decorrência da ação de fungos fitopatógenos. O controle das doenças e pragas na agricultura tem se intensificado, sendo realizado basicamente através do emprego de produtos sintéticos, como agrotóxicos, que têm causado resistência dos organismos, demandando uma quantidade cada vez maior, levando a sérios riscos ambientais e de saúde da população. O presente estudo propôs avaliar a eficácia da aplicação combinada de quitosana e do óleo essencial de orégano ( Origanum vulgare L.),como compostos antimicrobianos naturais, alternativos para a inibição de Rhizopus stolonifer ‘in vitro’ e em tomates do tipo cereja (Lycopersicon esculentum var. cerasiforme). A Concentração Inibitória Mínima da quitosana e do óleo, foi obtida pela técnica de diluição seriada e para o experimento também utilizou-se concentrações subinibitórias (1/2CIM e 1/4CIM), além de um experimento controle sem adição do filme e óleo essencial. As diferentes concentrações inibitórias e subinibitórias foram utilizadas nas determinações ‘in vitro’ de influência no crescimento micelial radial durante quatorze dias de incubação e na germinação dos esporos fúngicos. Sobre a aplicação nos frutos, foram determinados o crescimento fúngico superficial e em frutos artificialmente feridos. A quitosana e o óleo de Origanum vulgare L. apresentaram valores da concentração inibitória mínima de 10 mg/mL e de 10 µL/mL , respectivamente, frente ao fungo estudado. A aplicação combinada de quitosana e óleo essencial de Origanum vulgare L. em diferentes concentrações inibitórias e subinibitórias causou inibição do crescimento de R. stolonifer, e da microbiota fúngica autóctone em tomates-cereja armazenados a temperatura de resfriamento e ambiente. Nos frutos feridos artificialmente e superficialmente observou-se inibição significativa frente ao controle, resultando em um aumento da vida de prateleira dos frutos. Estes resultados revelam a potencialidade da aplicação combinada de quitosana e óleo essencial em concentrações subinibitórias no controle do crescimento fungos fitopatogênicos em frutos.


Palavras-chave:  Fungos patógenos pós-colheita, Antimicrobianos, Óleo essencial