ANAIS :: MICROAL 2014
Resumo: 253-2


Poster (Painel)
253-2Comparação do efeito dos suplementos redutores de oxigênio sobre o crescimento de Bifdobacterium spp.
Autores:Becker-Algeri, T. A. (FURG - Universidade Federal do Rio GrandeUTFPR - Universidade Tecnologica Federal do Paraná) ; Accordi, L. (UTFPR - Universidade Tecnologica Federal do Paraná) ; Drunkler, D. A. (UTFPR - Universidade Tecnologica Federal do Paraná) ; Badiale-Furlong, E. (FURG - Universidade Federal do Rio Grande)

Resumo

As bifidobactérias estão entre os microrganismos mais estudados quanto à propriedade probiótica e, por isso, muito utilizados na elaboração de alimentos. Por serem anaeróbios restritos, a utilização de agentes redutores no meio de cultura pode ser uma importante medida para garantir o crescimento destas bactérias. Em vista disso, o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do suplemento redutor de oxigênio L-cisteína sobre o crescimento de Bifdobacterium spp. (Howaru Bifido Lyo - Danisco®) em ágar Man Rogosa and Sharpe (MRS). A cultura liofilizada foi ressuspendida em caldo MRS, suplementado com 0,05% (m/v) de L-cisteína seguido de incubação em jarra de anaerobiose, contendo sachet de anaerobiose (Anaerobac®), em estufa B.O.D. (37°C/15 h), avaliando-se a cada hora a densidade celular (Densidade Ótica – D.O.600nm). Paralelamente, foram realizadas diluições 10-6, 10-7 e 10-8 em água peptonada 0,1% (m/v) seguida de inoculação através da técnica de pour plate e em sobrecamada em placas contendo ágar MRS suplementado com 0,05% de L-cisteína (Tratamento 1) e em ágar livre do agente redutor (Tratamento 2). As placas foram incubadas em jarras de anaerobiose contendo sachet de anaerobiose (Anaerobac®) em estufa B.O.D. (37°C/48 h). Decorrido o tempo de incubação, observou-se que quando utilizado Tratamento 2 não houve crescimento de colônias nas placas em nenhuma das diluições e tempos estudados, apesar de ter sido verificado aumento na D.O. Em contrapartida, quando utilizado Tratamento 1, foi possível observar crescimento bacteriano desde a primeira hora (tempo 0) atingindo crescimento máximo de 11,82 log UFC mL-1 em 10 horas de incubação. Por meio da contagem do crescimento bacteriano e da D.O. do Tratamento 1, foi obtida a curva de crescimento para estimativa da concentração microbiana, obtendo-se a equação y = 2,2064x +10,428, em que y representa a D.O. e x o log UFC mL-1. Conclui-se que para o cultivo de Bifdobacterium spp. em ágar MRS a suplementação com agente redutor L-cisteína permitiu a contagem dos microrganismos avaliados, etapa esta importante do ponto de vista do controle de qualidade industrial, que necessita de uma técnica que permita quantificar estes com segurança, já que a legislação exige uma concentração entre 108 a 109 UFC por porção para que o produto seja considerado probiótico.


Palavras-chave:  Anaeróbias, Bactérias ácido láticas, L-cisteína