ANAIS :: MICROAL 2014
Resumo: 239-1


Poster (Painel)
239-1Ação antimicrobiana de óleos essenciais contra Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa
Autores:Ferenz, M. (IFC - Instituto Federal Catarinense - Campus Concórdia) ; Fazzione, A. D. F. (IFC - Instituto Federal Catarinense - Campus Concórdia) ; Costa, K. A. D. (IFC - Instituto Federal Catarinense - Campus Concórdia) ; Ribeiros, M. L. (IFC - Instituto Federal Catarinense - Campus Concórdia) ; SILVEIRA, S. M. (IFC - Instituto Federal Catarinense - Campus Concórdia) ; Millezi, A. F. (IFC - Instituto Federal Catarinense - Campus Concórdia)

Resumo

Os óleos essenciais (OEs) são substâncias naturais, também chamados de óleos voláteis ou óleos etéreos. São definidos como produtos obtidos pelo metabolismo secundário das plantas e apresentam como características básicas seu cheiro e sabor. Devido a sua conhecida potencialidade como substância antimicrobiana, possuem várias aplicações industriais como alternativa a utilização de produtos de origem química. Com o aumento do número de bactérias resistentes aos antibióticos já existentes, existe um considerável interesse na investigação dos efeitos de antimicrobianos naturais, na preservação de alimentos, controle de infecções e utilização como agentes sanitizantes em indústrias de alimentos. O objetivo do presente trabalho foi pesquisar a capacidade antibacteriana dos OEs de plantas do gênero Cymbopogon contra as bactérias Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus. A constatação de atividade antimicrobiana foi realizada por meio da metodologia de disco-difusão. O inóculo foi preparado a partir da cultura ativa de cada espécie bacteriana, diluída em solução salina 0,9% a uma concentração de aproximadamente 10 8UFC/mL, comparável à solução padrão de McFarland 0,5, verificada espectrofotometricamente a 625 nm. A suspensão foi diluída a aproximadamente 10 7UFC/mL, em solução salina, e então foi utilizada para inocular placas de petri contendo ágar Mueller-Hinton, utilizando-se swab estéril. Discos de papel filtro estéreis de 9 mm de diâmetro e 250 g/m² foram impregnados com 25 µL de OE de diferentes concentrações e depositados sobre as placas inoculadas, incubadas (invertidas) a 36 °C por 24 horas. Disco comercial de cloranfenicol (30 µg/disco) foi utilizado como antibiótico de referência. O diâmetro do halo inibitório foi medido em milímetros considerando a medida do disco (9 mm). A análise foi realizada em triplicata com três repetições e o resultado apresentado como a média (± desvio padrão). P.aeruginosa não foi sensível a nenhuma das concentrações dos OEs. S. aureus foi sensível a todos os OEs, sendo que a menor concentração em que houve formação de halos inibitórios foi 12,5%, do OE Cymbopogon flexuosus. Verificou-se que as concentrações de 50% e 25% dos três OEs testados (C. martini, C. flexuosus e C. winterianus) apresentaram halo inibitório, sendo o maior valor (53,72 mm) apresentado na concentração 50% do OE C. flexuosus. Esse estudo permitiu concluir que os OEs apresentaram atividade biológica contra S. aureus, em especial o OE de C. flexuosus, demonstrando ser antimicrobiano potencial contra essa bactéria.


Palavras-chave:  Alimentos, Antimicrobianos naturais, Bactérias