ANAIS :: MICROAL 2014
Resumo: 229-3


Poster (Painel)
229-3Ocorrência de Escherichia coli potencialmente causadoras de toxi-infecções alimentares em queijos coalho e ricota comercializados no sudeste do Brasil
Autores:Silva, LC (USP FZEA - Universidade de São Paulo - Fac de Zoot e Eng de Alimentos) ; Fonseca, CR (IFTM - Instituto Federal do Triângulo Mineiro) ; Almeida-Queiroz, SR (USP FZEA - Universidade de São Paulo - Fac de Zoot e Eng de Alimentos) ; Alencar, ALF (USP FZEA - Universidade de São Paulo - Fac de Zoot e Eng de Alimentos) ; Godoy, SHS (USP FZEA - Universidade de São Paulo - Fac de Zoot e Eng de Alimentos) ; Munin, FS (USP FZEA - Universidade de São Paulo - Fac de Zoot e Eng de Alimentos) ; Sousa, RLM (USP FZEA - Universidade de São Paulo - Fac de Zoot e Eng de Alimentos) ; Fernandes, AM (USP FZEA - Universidade de São Paulo - Fac de Zoot e Eng de Alimentos)

Resumo

Os queijos são considerados como produtos de elevado risco de veiculação de microrganismos patogênicos, principalmente de bactérias causadoras de toxi-infecções alimentares. O objetivo deste trabalho foi isolar e identificar cepas de Escherichia coli potencialmente causadoras de toxi-infecções alimentares em queijos coalho e ricota, comercializados na região centro-leste do Estado de São Paulo e na região do triângulo mineiro do Estado de Minas Gerais. Foram pesquisados os patotipos EPEC (enteropatogênica), EIEC (enteroinvasiva), ETEC (enterotoxigênica), STEC (verotoxigênica) e EAEC (enteroagregativa). Foram adquiridas 30 amostras de cada tipo de queijo, em supermercados, durante um período de 6 meses, perfazendo 5 amostras de cada queijo por mês e totalizando 60 amostras analisadas. Cinco colônias foram selecionadas aleatoriamente das amostras positivas e submetidas à extração de DNA bacteriano. Em seguida foram efetuadas duas reações de PCR multiplex, uma para detectar genes responsáveis pela produção de toxina termolábil 1 (LT1) e 2 (LT 2), toxina termoestável (ST1), verotoxina (VT1 e VT2) e o gene que codifica a adesina intimina (eae); e outra para detectar o gene ipaH do plasmídio de invasão (pInv) e o gene aaTa do plasmídio pAA da aderência agregativa (AA). Foi detectada a presença de E. coli em 30% e 43,3% das amostras de queijo coalho e ricota, respectivamente. Para os genes presentes nas cepas ETEC, o ST1 foi encontrado em 100% das colônias, enquanto que o LT1 foi encontrado em 17 colônias (15,5%). Sessenta e nove colônias (62,7%), sendo 66,7% de queijo coalho e 60% ricota, apresentaram o fragmento correspondente ao gene eae, que codifica a adesina intimina, presente nas cepas EPEC e EHEC. Quanto aos genes LT2 e VT, todas as amostras foram negativas. Cento e seis colônias (96,4%), sendo 100% em queijo coalho e 93,8% em ricota, apresentaram o fragmento correspondente ao gene Eagg, presente nas cepas EAEC. Contudo, não foram encontrados fragmentos referentes ao gene Einv. Portanto, foi possível identificar cepas de E. coli dos patotipos EAEC e ETEC, além do fragmento correspondente ao gene eae, presente nas cepas EPEC e EHEC, o que pode representar um potencial risco à saúde dos consumidores.


Palavras-chave:  PCR, Fatores de virulência, EPEC, ETEC, EAEC