ANAIS :: MICROAL 2014
Resumo: 222-1


Poster (Painel)
222-1Uso de extrato de Urtica dioica L. como antifungicida perante o crescimento de fungos encontrados em alface no Município de Parintins-AM
Autores:SILVA, M. A. (UEA - Universidade do Estado do Amazonas) ; CARMO, C. C. (UEA - Universidade do Estado do Amazonas) ; SILVA, C. P. (UEA - Universidade do Estado do Amazonas) ; CAMPOS, A. S. (IFAM - Instituto Federal do Amazonas)

Resumo

Os fungos fitopatógenos que atacam as plantações trazem perda econômica aos agricultores. Buscam-se novos meios de controle que sejam de fácil acesso e menos agressivos ao meio ambiente. O estudo tem por finalidade avaliar o potencial antifúngico do extrato alcoólico de Urtica dioica L. frente a fungos isolados de alface. Folhas de U. dioica L. foram coletadas no perímetro urbano do município de Parintins-AM, levadas ao laboratório de Biologia CESP-UEA, lavadas e secadas em estufa em 50ºC, trituradas e adicionadas em solvente alcoólico por 72 horas em vidro âmbar. Depois de filtrado foi levado ao exaustor para obtenção dos extratos e armazenados em câmara refrigerada em 4°C. Os fitopatógenos foram coletados numa casa de vegetação do município e as amostras de alface com sintomas de contaminação foram levadas ao laboratório para assepsia, isolamento e obtenção de culturas puras. Os extratos foram diluídos em solvente DMSO em concentrações de 5g/2ml (0,004mg/ml); 8g/3ml (0,0025mg/ml); 10g/5ml (0,002mg/ml); 15g/7ml (0,0013mg/ml) e para o controle negativo a concentração de 5 ml. Os extratos diluídos foram adicionados ao meio BDA de 50 ml e vertidos em placas de Petri com os fragmentos fúngicos de 5 diâmetro de circunferência, em triplicata . A leitura dos bioensaios ocorreram durante um período de 7 dias a cada 24 h, comparando a fronteira micelial e radial do crescimento. Onde o crescimento micelial e/ou a inibição do mesmo foi avaliada através das concentrações acima e os dados estáticos foram analisados através do “software” Biostat 7.0. Os melhores resultados, com menor crescimento micelial, em comparação com o controle negativo, foi a concentração de 0,0013mg/ml apresentando 0% de inibição. As outras concentrações, como 0,004mg/ml; 0,0025mg/ml; 0,002mg/ml e o controle negativo (-), foram semelhantes apresentando mais de 27% de crescimento. A concentração 0,0025mg/ml apresentou 6,6% de crescimento micelial sem efeitos tóxicos da planta. Neste caso, moléculas bioativas encontradas no extrato apresentaram atividade fungistatica no sentido da maior concentração. A utilização do extrato bruto alcoólico de U. dioica L. contra os fitopatógenos isolados da alface demonstrou eficácia ao inibir o crescimento micelial, quando comparados com os resultados da maior concentração. Esses extratos através de mais avaliações e melhores resultados podem ser uma nova alternativa de controle de fungos fitopatogenos.


Palavras-chave:  Antifungicida, Extrato, Urtica dioica L., fungos em alface, Parintins