ANAIS :: MICROAL 2014
Resumo: 190-1


Poster (Painel)
190-1Pesquisa de fatores de virulência e classificação filogenética em amostras de Escherichia coli isoladas de carcaças de frango de granja e “caipira”
Autores:Koga, V. L. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Rodrigues, G. R. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Cyoia, P. S. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Nakazato, G. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Vespero, E. C. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Brito, B. G. (IPVDF - Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor) ; Brito, K. C. T. (IPVDF - Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor) ; Kobayashi, R. K. T. (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

Os produtos de origem animal, principalmente as carnes, são importantes fontes de bactérias responsáveis por enfermidades transmitidas por alimentos. A intensificação da produção tem levado a disseminação de doenças bacterianas como as causadas por Escherichia coli patogênica extra-intestinal (ExPEC). Apesar de E. coli fazer parte da microbiota normal de aves, podem ser patogênicas para os humanos, podendo a carne de frango e seus derivados serem veículos de transmissão dos mesmos. Entre as E. coli causadoras de doenças extra-intestinais, há a E. coli patogênica para aves (APEC), normalmente pertencentes aos grupos filogenéticos A, B1 ou D, e pode apresentar inúmeros fatores de virulência que conferem a ela a capacidade de causar diversas doenças em humanos, como infecções do trato urinário, meningites e septicemias. Neste trabalho, 121 amostras de E. coli foram isoladas de um total de 35 carcaças de frango, comercializadas em supermercados (frangos de granja), e 35 amostras de E. coli de um total de 15 carcaças de frango, originadas da agricultura familiar (frangos caipira), para a pesquisa de fatores de virulência e classificação filogenética. Para a pesquisa dos genes codificadores de fatores de virulência foram pesquisados os genes hlyF (hemolisina F), ompT (protease de membrana externa), iss (resistência sérica), iutA e iroN (sistemas de captação de ferro), comumente encontrados em plasmídios presentes em APEC, por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR). A classificação filogenética, por meio do PCR, baseou-se na análise da presença dos genes chuA e yjaA e um fragmento de DNA (TSPE4.C2). Nossos resultados mostraram que as amostras isoladas de frango de granja apresentaram uma maior quantidade dos fatores de virulência pesquisados, sendo que 74,4% das amostras apresentaram ao menos um desses fatores, enquanto nas amostras isoladas de frango caipira apenas 25,7% apresentaram ao menos um desses fatores. Em relação a classificação filogenética, o grupo mais prevalente nas amostras isoladas do frango de granja foi o B1. Já entre as amostras isoladas do frango caipira, o grupo prevalente foi o A. Concluímos que E. coli isoladas de carcaças de frango podem ser reservatórios de fatores de virulência, sendo os isolados de frangos de granja os que mais apresentam esses fatores.


Palavras-chave:  Escherichia coli, fatores de virulência, classificação filogenética