ANAIS :: MICROAL 2014
Resumo: 172-2


Prêmio
172-2MICROENCAPSULAÇÃO DE PROBIÓTICOS: AVALIAÇÃO DA SOBREVIVÊNCIA SOB CONDIÇÕES GASTROINTESTINAIS SIMULADAS E DA VIABILIDADE SOB DIFERENTES TEMPERATURAS DE ARMAZENAMENTO
Autores:SILVA, PT (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; FRIES, LLM (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; MENEZES, CR (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; BASTOS, JO (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; LANG, DJK (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; BRAGA, JB (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)

Resumo

Os probióticos são definidos como micro-organismos vivos capazes de melhorar o equilíbrio intestinal, produzindo efeitos benéficos à saúde do indivíduo, dentre os quais podemos destacar a prevenção de câncer de cólon; o aumento da resposta imune; o melhor trânsito intestinal; a redução de episódios de diarreia; a redução do colesterol sanguíneo e o alívio dos sintomas de intolerância à lactose. Entretanto, para que os probióticos tenham sua ação eficaz, tem sido sugerido que os produtos devam conter pelo menos 8 log UFC.g-1 de micro-organismos vivos no momento do consumo. Além disso, os probióticos devem sobreviver a um ambiente totalmente adverso, o trato gastrointestinal, tolerando ácidos, sais biliares e enzimas. Dessa forma, a microencapsulação tem sido estudada como uma alternativa para manter a viabilidade destes micro-organismos. A microencapsulação é uma técnica de encapsulação, neste caso de probióticos, através de uma agente encapsulante, o qual protege os probióticos do ambiente adverso, o trato gastrointestinal; evitando o efeito de sua exposição inadequada. O agente encapsulante forma uma cápsula que se desfaz através de estímulo específico, variação de pH, liberando os probióticos no local ideal, o intestino. O objetivo deste trabalho foi avaliar microcápsulas contendo Bifidobacterium animalis ou Lactobacillus acidophilus produzida por spray drying. Ensaios de sobrevivência foram conduzidos para avaliar a resistência dos probióticos microencapsulados às condições gastrointestinais simuladas e a viabilidade durante 120 dias de armazenamento a 4ºC e 25ºC, além da análise morfológica das microcápsulas. Os dados foram avaliados através de Análise de Variância (ANOVA) e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey, considerando o nível de significância de 5% (p<0,05), através do software SAS, versão 9. As microcápsulas apresentaram forma esférica, com superfície contínua relativamente lisa e sem fissuras, protegendo os probióticos das condições gastrointestinais simuladas quando comparado a probióticos livres, permanecendo com maior viabilidade após 80 dias de armazenamento a 4ºC, para ambos os micro-organismos. O estudo indica que microcápsulas de B. animalis ou L. acidophilus produzidas por spray drying sobrevivem a condições gastrointestinais simuladas e podem ser melhores armazenadas por 80 dias a 4ºC.


Palavras-chave:  Bifidobacterium animalis, Lactobacillus acidophilus, microcápsulas